O novo Governo de Portugal foi apresentado, esta quinta-feira, ao Presidente da República. O primeiro-ministro esteve reunido com Cavaco Silva esta tarde e saiu de Belém por volta das 17h30. Poucos minutos depois os nomes eram divulgados na imprensa e os partidos da oposição reagiram à notícia.
O PSD foi o primeiro e o líder parlamentar, Aguiar Branco, que tinha acabado de ser eleito estreou-se com «votos de boa sorte» ao novo executivo.
Já o PCP através de Bernardino Soares considerou que os ministros apresentados para o novo Governo revelam uma «política de continuidade» e que muitos nomes vem do Governo anterior.
Aliás, também o Bloco de Esquerda (BE) «se revelou preocupado», pela voz do líder parlamentar, José Manuel Pureza com o facto do «núcleo central do anterior Governo ainda se manter» em funções, embora «haja troca» de algumas «cadeiras».
Por outro lado, o CDS-PP preferiu mostrar «agrado» pela saída de alguns ministros do anterior executivo.
Segundo o líder Parlamentar, Nuno Magalhães «a perda da maioria absoluta do PS já teve uma consequência positiva, que foi o facto de três ministros, como há muito tempo o CDS defendia, deixaram de o ser». Em seguida, para não haver dúvidas, acrescentou: «Estou-me a referir ao ex-ministro da Agricultura, ao ex-ministro das Obras Públicas e à ex-ministra da Educação».
O recente eleito líder parlamentar do PS, Francisco Assis foi a voz de «apoio rosa» e defendeu que o novo Governo «é um executivo que combina continuidade e renovação», destacando o número de mulheres e o peso da componente económica.
Açores e Madeira
Mas das ilhas também chegam opiniões. O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, considerou que a escolha da açoriana Gabriela Canavilhas para ministra da Cultura «prova que o que é bom para os Açores, também é bom para Portugal».
Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da Madeira usou ironia para reagir ao novo Governo e escolheu como alvo o ministro da Defesa: «Com Santos Silva estou a ver a esquadra portuguesa toda afundada».
