Novo modelo de financiame​nto das IPSS nos Açores levanta dúvidas a instituiçõ​es

O presidente da União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores (URIPSSA), Paulo Almeida, revelou hoje ter ainda algumas dúvidas sobre o novo modelo de financiamento das IPSS, nomeadamente o valor padrão por utente.
“Levanta-nos algumas dúvidas sobre a justiça deste modelo, tendo em conta que uma instituição em Ponta Delgada, em S. Miguel, terá custos diferentes de uma instituição em Ponta Delgada, nas Flores”, frisou, em declarações aos jornalistas.
O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, anunciou hoje que o trabalho de reforma do financiamento das IPSS está concluído. Acrescentou que o novo modelo prevê um critério “uniforme”, que “iguala o apoio de todas as instituições em função da sua atividade, introduzindo um valor igual por cada utente, diferenciado em função de cada uma das diversas valências”.
Para Paulo Almeida, é preciso ter em conta as diferenças entre as ilhas, porque “o custo por utente em géneros será mais elevado” nas mais pequenas, o que poderá fazer com que algumas instituições sejam obrigadas a “fazer mais cortes”.
O presidente da URIPSSA salientou que as instituições aguardam “ansiosamente” pela divulgação do valor padrão por utente, para que cada uma se possa adaptar e perceber qual o “grau de esforço” que terá de fazer.
Vasco Cordeiro anunciou também que o montante global financiado pelo executivo açoriano vai passar de 52 milhões de euros para 53,5 milhões.
Paulo Almeida disse ter “algumas dúvidas” de que o reforço seja “suficiente”.
“Grande parte das instituições tem comparticipações deficitárias dentro dos acordos de cooperação que mantêm”, frisou, acrescentando que algumas têm processos a decorrer por não conseguirem comparticipar os progressos na carreira dos funcionários.
Segundo Vasco Cordeiro, 60 instituições verão o valor acordado ajustado, o que para o presidente da URIPSSA é um motivo de preocupação, tendo em conta que não é conhecido o tipo de ajuda que terão nos dois anos de adaptação ao novo modelo.
“Irá envolver despedimentos para reduzir gastos ou haverá um plano integrado?”, questionou, salientando que ainda não está identificada a proporção do montante que será retirado a estas 60 instituições.

 

Lusa

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