O que é que não voa mas pode travar a dengue?

mosquitoResposta: o próprio mosquito, mas geneticamente modificado para impedir a propagação da doença.

 

Modificar a essência de uma planta, semente ou organismo nem sempre é visto com bons olhos por cientistas e população em geral. Contudo, a engenharia genética poderá dar um contributo importante para a erradicação de doenças. Os cientistas norte-americanos e britânicos criaram uma espécie de mosquito geneticamente modificada que não consegue voar, mas poderá travar a propagação da febre de dengue – mortífera e actualmente sem vacina – e ainda ser uma alternativa aos insecticidas.

 

Na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”, os investigadores da Universidade da Califórnia (EUA) e de Oxford (Reino Unido) explicam que modificaram geneticamente mosquitos machos para estes acasalarem com fêmeas selvagens e darem origem a uma nova espécie, com asas mais pequenas. Com capacidade de voar limitada, os descendentes da fêmea Aedes aegypti, cuja picada transmite a dengue, levariam ao desaparecimento dos mosquitos originais no máximo em nove meses.

“A tecnologia é totalmente específica para uma espécie, já que os machos libertados vão cruzar-se só com fêmeas da mesma espécie”, garante o líder da investigação, Luke Alphey, da Universidade de Oxford, que põe a hipótese de usar a mesma técnica contra a malária. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a dengue afecta anualmente cerca de 50 milhões de pessoas e ameaça dois quintos da população mundial, principalmente em África e no Sudeste Asiático. Os mosquitos transgénicos poderão ser libertados em ambiente natural em 2011.

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