Operários guineenses retidos no Corvo continuam sem condições para sair da ilha

Os sete operários guineenses retidos desde o início do ano na ilha do Corvo decidiram abandonar definitivamente os Açores depois de ter sido declarada a insolvência da Castanheira e Soares, empresa para quem trabalhavam em regime de sub-empreitada.

Honório Biágue, proprietário da empresa Distância Viva, responsável pela deslocação dos operários para a mais pequena ilha dos Açores, disse hoje à Lusa que os homens não têm dinheiro para pagar as passagens aéreas, pedindo o apoio do Governo Regional.

“Eu lanço daqui um apelo ao presidente do Governo Regional para que ajude a financiar as passagens”, afirmou o empresário de construção civil, recordando que os operários estavam a trabalhar “nas obras do Governo” quando a empresa Castanheira e Soares deixou de pagar os vencimentos, em novembro do ano passado.

Honório Biágue referiu que os serviços regionais de ação social “comprometeram-se a arranjar dinheiro para as passagens”, mas frisou que, até agora, ainda não foi transferida qualquer verba para as contas bancárias dos operários guineenses.

O empresário salientou que a Distância Viva continua a suportar os encargos com a alimentação dos sete operários no Corvo, que estão parados desde o início do ano em protesto contra os vencimentos em atraso.

“Até o padre e alguns elementos da Igreja já foram visitar os homens e levar-lhes comida”, afirmou.

Os operários guineenses estavam a trabalhar em quatro obras públicas (duas da responsabilidade da Câmara Municipal do Corvo e duas do Governo Regional) em regime de subempreitada.

A empresa Castanheira e Soares, que dirige as quatro empreitadas, admitiu em janeiro estar com problemas financeiros e avançou com um pedido de insolvência no Tribunal de Santa Cruz das Flores, que foi declarada esta semana.

 

Lusa

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