Parlamento dos Açores contra “voragem” de fecho de serviços pelo Governo da República

O parlamento dos Açores aprovou hoje por unanimidade um voto de protesto do PSD regional contra a “voragem de encerramento de serviços do Estado” no país do executivo de Passos Coelho e que pouco contribui para poupar na despesa.
O voto de protesto, apresentado no plenário da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores pelo deputado Costa Pereira, refere que está previsto o encerramento de 13 dos 19 serviços de Finanças no arquipélago, “uma inaceitável diminuição do nível de serviços prestados pelo Estado aos açorianos” e que “ignora as particularidades e especificidades da região e mesmo dentro de cada uma das ilhas”.
“A voragem de encerramento de serviços do Estado que atinge o país é uma solução que visa poupar, apenas, alguns recursos públicos que pouco contribuem para a contenção da despesa do Estado”, disse o deputado do PSD, considerando tratar-se de “uma opção política errada”.
O texto aprovado será enviado ao Governo da República, da coligação PSD/CDS.
Apesar de todos os deputados no parlamento açoriano terem votado favoravelmente o texto, gerou-se um debate aceso no plenário.
Isto porque depois de o PS ter manifestado apoio ao voto de protesto, o PSD sublinhou que este é o mesmo texto que apresentou em 2008, quando José Sócrates era primeiro-ministro e existia também uma ameaça de fecho de Finanças nos Açores. Porém, na ocasião, os socialistas votaram contra, chumbando a iniciativa.
Costa Pereira acusou os socialistas de mudarem de posição “conforme quem está na República” e sublinhou que já o PSD não tem posições “determinadas” por quem está a governar o país.
O líder parlamentar do PS, Berto Messias, pediu para fazer uma interpelação à Mesa para ser distribuído o diário das sessões desse debate de 2008, aproveitando para referir que há uma “enorme diferença”: há cinco anos não encerrou qualquer serviço, ao contrário do que, afirmou, acontecerá agora.
No debate acabaram ainda por surgir críticas à presidente do parlamento dos Açores por parte do CDS e do PPM, que consideraram que Ana Luís permitiu a deputados do PS várias “intervenções políticas” quando já não tinham direito de o fazer ao abrigo do regimento da assembleia.

 

Lusa

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