PSD/A anuncia comissão parlamentar de inquérito ao transporte marítimo de passageiros e viaturas no Triângulo

faial-pico-canalO grupo parlamentar do PSD/Açores anunciou hoje, numa conferência de imprensa dos deputados eleitos pelo Faial, Pico e São Jorge, que vai proceder à constituição de uma comissão parlamentar de inquérito ao transporte marítimo de passageiros e viaturas no Triângulo, depois de se ter ficado a saber que parte da operação está suspensa por falta de condições de segurança.

A decisão dos sociais-democratas açorianos, explicou o deputado do PSD/Açores Cláudio Lopes, surge na sequência de um conjunto de incidentes e de acidentes com consequências trágicas que se têm vindo a registar nos últimos meses e que “criam dúvidas legitimas sobre a qualidade dos investimentos que foram feitos em infraestruturas durante os últimos anos”.

“Temos navios que não operam na nova infraestrutura construída na Madalena, inaugurada há menos de três meses, que custou 9 milhões de euros e que já antes da sua inauguração era galgada pelas ondas do mar. Temos navios impedidos de concretizar o transporte de viaturas há mais de dois meses e a Capitania do Porto da Horta a considerar que não estão reunidas as condições de segurança para a utilização das rampas que foram construídas”, disse.

Para o PSD/Açores “é, por isso, com profunda preocupação que se verifica que, depois dos investimentos de milhões realizados nos portos do Faial, Pico e São Jorge, afinal, o que para já se introduziu nas ligações marítimas entre estas três ilhas foi um fator de insegurança e de desconfiança entre os utentes, sem paralelo no já longo historial do transporte marítimo no Triângulo”.

“Importa, assim, conhecer e analisar com profundidade todas as opções tomadas ao longo deste processo para as poder avaliar”, disse o deputado social-democrata açoriano, recordando que apesar do governo pomposamente ter anunciado um Plano Integrado de Transporte verifica-se que o serviço prestado piorou.

“Temos menos ligações no canal Faial-Pico (por onde passam anualmente cerca de meio milhão passageiros), por comparação com os anos anteriores”.

“Não é possível, por respeito para com os utentes do transporte marítimo entre as ilhas do Triângulo, manter o atual silêncio. É obrigatório que se apurem as causas e as razões da atual situação, se responsabilize quem tiver de ser responsabilizado, se corrija rapidamente o que tiver de ser corrigido e se normalize com a segurança e a confiança que se impõe ao serviço público de transporte marítimo de passageiros nos Açores”.

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