Partido Popular Monárquico deliberou apoiar a independên​cia da Catalunha

O Conselho Nacional do PPM – em reunião realizada no dia 25 de janeiro de 2014, na Região Autónoma dos Açores, onde possui representação parlamentar, deliberou apoiar a luta da Catalunha pela obtenção da independência política.

“A revolta catalã antecedeu em alguns meses a Restauração Portuguesa desse mesmo ano, facto que originou a necessidade do exército castelhano se ter de desdobrar em duas frentes. Se a revolta catalã não tivesse ocorrido, Portugal teria certamente enfrentado o grosso do esforço militar de Castela. As nações portuguesa e catalã estão, assim, unidas por um inquebrantável elo histórico. Temos uma dívida de gratidão em relação aos catalães”, justificou o Presidente da Comissão Política Nacional do PPM.

Para Paulo Estevão, as consequências deste processo são, do ponto de vista político e económico, as mais transcendentais para Portugal desde o fim do Império Colonial (1975), devendo o “Governo Português deve acompanhar, com grande atenção, a questão do referendo catalão e preparar-se o fim da unidade territorial do Estado espanhol, tal como ele ficou desenhado no século XV, devendo estudar as consequências previsíveis da desintegração do Estado espanhol e estar política e economicamente preparado com cenários de contingência e”, disse.

“A Catalunha é uma nação com uma História milenar e um passado independente – no seio da confederação de reinos que constituía o Reino de Aragão -, com uma língua própria e uma forte identidade nacional. A obtenção da independência política por parte da nação catalã – defendida pela maioria esmagadora dos partidos com representação no Parlamento Catalão – é tão legítima como a que Portugal obteve em 1640”, fundamentou o líder do Partido, adiantando que o PPM apoiará  o processo de autodeterminação da Catalunha e de outras nações peninsulares do Estado espanhol que venham a reivindicar o direito à autodeterminação. Defendemos, também, que a Catalunha, no caso de vir a obter a independência, deve continuar a integrar a União Europeia, concluiu Paulo Estevão.

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