Partidos apresentam propostas para sustentabilidade da saúde

Os partidos com assento parlamentar nos Açores apresentaram esta segunda-feira ao presidente do Governo Regional algumas propostas para garantir a sustentabilidade futura da Saúde no arquipélago e reiteraram a disponibilidade para uma solução consensual para ultrapassar o endividamento do setor.
 

“A dívida do Serviço Regional de Saúde é perfeitamente conhecida de todos. O importante é que a prioridade deve ser o pagamento imediato aos fornecedores”, afirmou o deputado socialista Domingos Cunha, acrescentando estar convicto de que esta situação “será regularizada” num curto espaço de tempo.
O Governo dos Açores iniciou hoje uma série de audiências com os seis partidos com assento no parlamento regional, uma ronda que vai abranger também na quarta-feira os parceiros sociais para recolher contributos para um compromisso açoriano para a sustentabilidade do Serviço Regional de Saúde.
Para o PSD/Açores, o mais importante é que o setor da Saúde nas ilhas tenha “capacidade máxima” para servir as populações, tendo o líder regional do partido destacado a garantia que recebeu do executivo açoriano de que “não será preciso recorrer ao Governo da República para o saneamento da dívida”.
Paulo Estêvão, do PPM, disse estar disponível para “ultrapassar um problema grave” do setor na região “sem olhar a táticas políticas” e defendeu, entre outras ideias, “o fim das nomeações políticas e a abertura de concursos públicos para toda a estrutura administrativa do setor” e uma fatura amigável para os utentes nos hospitais.
Zuraida Soares disse que o Bloco de Esquerda “não subscreve” um resgate financeiro da República para o setor, alegando que “é preferível encontrar na região resposta ao problema do que trazer mais Passos Coelho, mais Vítor Gaspar, mais ‘troika’ para dentro da região”.
Para Aníbal Pires, PCP/Açores, a principal preocupação “não é tanto a dívida, mas sim encontrar soluções para que o Serviço Regional de Saúde cumpra o seu papel”, ou seja, “avaliar o modelo e introduzir modificações se necessário ao nível da gestão e evitar desperdícios”.
Francisco Silva, vice-presidente do CDS-PP nos Açores, referiu que “a responsabilidade do endividamento do setor na região se deve ao Governo Regional” e disse que o partido propõe, como “ponto de partida, uma auditoria externa independente à componente clínica e financeira dos hospitais E.P.E [entidades públicas empresariais], da Saudaçor, das Unidades de Saúde de Ilha e da Direção Regional de Saúde”.

 

 

Lusa

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