Passos desafia PS a dizer como cria novos apoios sociais sem aumentar a despesa

pobreza-fome-solidaoO líder do PSD, Pedro Passos Coelho, desafiou hoje o PS a explicar como pretende criar novas prestações sociais sem aumentar a despesa pública.

“Ai do governo que pense ganhar o país a prometer o que só depende dos outros. Convido todos os que querem disputar responsabilidades para futuro a dizerem o que podem trazer por si próprios, que não seja pela via europeia. Que digam como é que criam novas prestações sem aumentar despesa e sem com isso aumentar défice e as necessidades de financiamento da economia”, desafiou.

Passos Coelho falava enquanto presidente da Comissão Política Nacional do PSD no encerramento do I Congresso Distrital dos Autarcas do PSD de Aveiro, onde se referiu às próximas eleições legislativas afirmando que o julgamento eleitoral será feito sobre o passado, “de que o Governo nada tem que o envergonhe”, mas sobretudo a perspetiva de futuro.

“A nossa principal tarefa é dizer aos portugueses que se conseguimos suportar os custos da mudança, não é hora de voltar às mesmas discussões e problemas”, disse.

Passos Coelho justificou que o Governo “fez o que se exigia, fechando um ciclo de emergência nacional e o memorando da troika, restituindo ao país a capacidade para escolher” o futuro.

“Não temos nada que nos envergonhe no passado”, reforçou, salientando que, apesar das dificuldades, o Governo foi ainda capaz de “lançar as sementes para o futuro” com reformas na Defesa e na Justiça ou na Administração Interna, mas também nas áreas económicas e sociais.

“Os portugueses sabem que não foi o calculismo eleitoral que nos conduziu até hoje e não é o taticismo eleitoral que nos comandará no futuro”, declarou.

Perante uma plateia de autarcas, Passos Coelho disse não desistir do processo de descentralização porque os municípios estão preparados 40 anos depois de instituído o poder local democrático para assumir novas responsabilidades.

“Sem a descentralização o país não avançará” disse, garantindo que o objetivo é tornar mais eficiente a administração pública e não levar a despedimentos do Estado central, apenas permitir que os funcionários públicos “façam coisas diferentes”.

 

Lusa

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