Patrão Neves nomeada observador​a do Parlamento Europeu para as eleições na Guiné-Biss​au

A Eurodeputada Patrão Neves foi nomeada observadora do Parlamento Europeu para as eleições na Guiné-Bissau, onde afirmou hoje sentir “ estar a viver um momento histórico que espero que venha a ser efetivamente um momento de viragem para um futuro melhor”.

Recorde-se que o Parlamento Europeu selecionou 4 deputados para integrar esta delegação de observadores, entre os quais está Patrão Neves. A Eurodeputada referiu sentir-se “honrada pela distinção e privilegiada pela oportunidade: estas são eleições históricas na medida em que, após uma sequência de golpes de estado, de longos anos de forte instabilidade política, de uma ainda mais acentuada decadência do país desde o último assalto dos militares ao poder, sendo um dos países mais pobres do mundo e totalmente dependente de ajuda externa, joga nestas eleições provavelmente a última oportunidade para voltar a ser aceite pela comunidade internacional e, assim, poder gerar a solidariedade internacional e vir a receber os apoios que, finalmente, lancem o país no sentido da recuperação económica e social”.

Questionada sobre em que consistia a sua atividade, Patrão Neves explicou que “após dois dias de reuniões com personalidades como o Presidente do Supremo Tribunal ou da Comissão Nacional de Eleições ou ainda com vários candidatos presidenciais, a minha função no dia das eleições foi percorrer diferentes mesas, primeiro urbanas, em Bissau, e depois rurais, no circulo eleitoral do Cacheu, observando se todos os requisitos legais estavam a ser cumpridos e o ambiente que se vivia entre os eleitores”.

A Eurodeputada salienta que cerca das 5h da manhã já existiam eleitores em filas para exercer o seu direito. “É sensibilizador e mobilizador ver um povo martirizado por golpes de estado, os quais reprovam sistematicamente a expressão da sua vontade nas urnas, continuar a aderir massivamente aos atos eleitorais. Tiveram de andar a pé para chegar às urnas, esperaram horas para votar e sempre sob o sol africano. Gostaria que os açorianos se deixassem inspirar por este exemplo”, declarou.

A finalizar as suas declarações, Patrão Neves afirmou que o fundamental da observação foi “permitir um pronunciamento posterior sobre legitimidade democrática do ato eleitoral e sua respetiva validação – um pronunciamento reservado para a conferência de imprensa da delegação do Parlamento Europeu.

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