Menos de uma hora decorrida dos trabalhos parlamentares do plenário de Outubro na Assembleia Legislativa Regional dos Açores que decorre na cidade da Horta, ilha do Faial, e o deputado do PPM já havia abandonado o hemiciclo.
Paulo Estevão manifestou assim o seu desagrado com o fato de não ter participado no debate, que não existiu, a uma Interpelação ao Governo Regional sobre “implicações da situação política nacional na Região Autónoma dos Açores”, proferida minutos antes pelo próprio, e onde questionou o Governo Regional sobre “questões políticas e económicas relevantes que resultam da evolução política nacional”, nomeadamente sobre a situação da Base das Lajes.
Não tendo havido inscrições para o debate nesta matéria, e antes de abandonar a sala, Paulo Estevão interpelou a Mesa e considerou inaceitável que tivesse sido dada a palavra ao presidente do Governo Regional para que encerrasse o debate, sem que o PPM visse autorizado o seu pedido de “intervenção tardia” justificando que “nunca, desde o inicio da atual Legislatura, e nas Legislaturas anteriores, a inscrição tardia de um Grupo ou Representação Parlamentar inviabilizou a continuação de um qualquer debate parlamentar”.
A Representação Parlamentar do PPM reitera por este motivo o pedido de demissão da Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores “devido à sua absoluta falta de isenção e submissão aos interesses do Governo Regional no âmbito da condução dos trabalhos”, acusa.
Paulo Estevão justifica a sua posição, acusando Ana Luís de, em articulação com o Governo Regional, condicionar o debate politico, afirmando que na reunião de líderes realizada ontem, a Presidente do Parlamento “tentou condicionar a realização do debate dizendo, entre outras coisas, que “não se justificava” e que “não via que perguntas poderiam ser feitas ao Governo Regional” e que “nada se tinha passado” a nível da política nacional que justificasse o debate. Chegou inclusivamente a prever que “o debate não demoraria muito tempo e que terminaria logo pela manhã”, “ declarou o líder politico da bancada PPM, em defesa da sua posição.
“O Parlamento Regional está transformado num Parlamento de opereta por parte de uma maioria de duas décadas que é a dona disto tudo, inclusivamente da consciência e dos atos da sua Presidente”, concluiu.
Açores24horas
