PCP questiona Governo dos Açores sobre gestão da frota da Sata Internacio​nal

O deputado do PCP/Açores no parlamento regional, Aníbal Pires, questionou hoje o governo açoriano sobre decisões de gestão da frota da Sata Internacional, apontando para opções do conselho de administração que representarão “custos acrescidos” para a empresa.
Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Aníbal Pires sublinha que “chegaram ao conhecimento da representação parlamentar do PCP várias situações e atos de gestão que objetivamente terão lesado os interesses da empresa e que devem ser devida e cabalmente esclarecidos”.
Uma das situações que o PCP questiona é por que razão “a administração da Sata Internacional voltou atrás na decisão de abater do serviço o Airbus A-310 CS-TKM, o que implica retomar o pagamento de manutenções para que a aeronave continue a operar devidamente certificada”.
De acordo com o PCP, “em outubro de 2102 o conselho de administração da Sata Internacional decidiu que a aeronave deixaria de fazer parte da frota em fevereiro de 2014”, mas “apenas um mês depois, em novembro de 2012, recuou nesta decisão, decidindo manter a aeronave ao serviço, o que obrigará a custos acrescidos com o pagamento das reservas de manutenção junto da entidade locadora e da TAP para que a aeronave possa continuar a operar devidamente certificada”.
Outra situação, segundo o requerimento, prende-se com o facto de o “conselho de administração da SATA Internacional ter decidiu substituir o Airbus-A320 CS-TKL, pelo qual pagava um ‘leasing’ de aproximadamente 220 mil dólares norte-americanos, por outro avião idêntico, mas pelo qual terá de pagar um ‘leasing’ mensal de 350 mil dólares, um aumento de custo superior a 1,5 milhões de dólares, sem qualquer vantagem operacional que o justifique”.
No requerimento, o PCP questiona se “tem ou teve a tutela, em devido tempo, conhecimento destas decisões do conselho de administração do grupo Sata e do subsequente aumento dos encargos para a empresa”.
Aníbal Pires sublinha que a gestão da frota “deve ser rigorosa e cuidadosamente planificada, tendo em conta a sua importância operacional, a dimensão dos custos acrescidos e o facto de estarem em causa bens e meios financeiros públicos, o que também coloca uma exigência acrescida de responsabilidade e transparência”.
A Lusa tentou obter uma reação da tutela, mas não foi possível até à tarde.

 

Lusa

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here