PCP responsabiliza Sócrates e César pela crise

anibal-piresO líder regional do PCP nos Açores acusou hoje o primeiro-ministro José Sócrates e o presidente do Governo Regional, Carlos César, de serem responsáveis pela crise financeira que afecta o país e a região.

Em conferência de imprensa realizada esta manhã na cidade da Horta, Aníbal Pires disse que o primeiro-ministro e o presidente do Governo Regional são os principais responsáveis pelo estado de “profunda degradação social e económica” que se vive.

 

Na sua opinião, as eleições para a Assembleia da República “constituem um importante momento e oportunidade para que os açorianos se mobilizem para penalizar política e eleitoralmente” o PS de José Sócrates e Carlos César.

 

Estas críticas foram também extensivas aos deputados do PS e do PSD dos Açores na Assembleia da República, que segundo os comunistas açorianos são “cúmplices” das medidas tomadas pelos dois executivos socialistas.

 

O aumento da precariedade e do desemprego, o empobrecimento das micros, pequenas e médias empresas e a diminuição do rendimentos das famílias são consequências directas, no entender do PCP, das políticas socialistas.

 

Aníbal Pires acusou também os eurodeputados açorianos do PS e do PSD (Paulo Casaca e Duarte Freitas) de não terem sabido defender bem os interesses dos Açores no Parlamento Europeu.

 

Exemplo disso é a reforma da Política Agrícola Comum e da Política Comum de Pescas, em que os Açores “ficaram claramente a perder”, em mais um sinal do “mau desempenho” dos deputados açorianos no Parlamento Europeu, que têm “um discurso lá fora, e outro” na região.

 

O PCP/Açores voltou a contestar, por outro lado, as medidas propostas por Carlos César para combater a crise financeira nos Açores, considerando que o pacote anunciado contribui para que se mantenham os “spreads em valores elevados”, impondo “dificuldades no acesso ao crédito pelos particulares e empresas”.

 

“O PS, ao invés de direccionar o apoio para as pessoas e para as empresas, está, na prática, a financiar o sector bancário”, acusou Aníbal Pires.

 

Os comunistas defendem, por outro lado, a extinção da Saudaçor, a sociedade anónima de capitais públicos responsável pelo financiamento do Serviço Regional de Saúde, por entenderem que, além de não resolver as “carências de médicos de especialidade e das crónicas listas de espera”, não consegue disfarçar os problemas de “sub-financiamento do sector”.

 

O dirigente comunista prometeu também propor no Parlamento açoriano, durante esta semana, uma alteração profunda ao Estatuto da Carreira Docente proposto pelo Governo Regional, que já mereceu manifestações de repúdio por parte da classe docente.

 

 

 

in Lusa/AO Online

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here