Política de Saúde é “pura fantasia” – acusa Artur Lima

saudeO Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, Artur Lima, acusou, esta quinta-feira, a política de saúde da Região de ser “pura fantasia”.

Numa intervenção no Parlamento Açoriano, no âmbito da discussão do Plano e Orçamento Regionais para 2009 e das Orientações de Médio Prazo 2009-2012, Artur Lima afirmou que “é lamentável” que estando a Assembleia a analisar documentos estratégicos para a Legislatura “não seja dada uma palavra à implementação das Unidades de Saúde de Ilha previstas no Estatuto do Serviço Regional, que iriam permitir uma muito maior organização dos serviços de saúde em cada ilha”.

Mas há mais, frisou Lima: “Onde é que está a Carta Hospitalar? Desapareceu! E a Carta de Saúde? Não existe! São dois documentos fundamentais sobre os quais o Secretário Regional da Saúde não disse uma palavra”.

E depois, prosseguiu o parlamentar centrista, “o Governo inscreve no Plano de Investimentos 500 mil euros para o Plano Regional de Saúde que, pura e simplesmente, não existe. É pura fantasia e um insulto às pessoas”.

De igual modo, Artur Lima denunciou que não existindo Plano Regional de Saúde também não estão em implementação os planos sectoriais como o da Nutrição e Diabetes, doenças oncológicas, doenças cérebro-cárdio-vasculares, saúde mental, saúde oral, entre outros. 

 

 

No entanto, as principais críticas populares vão para o SIS-ARD (Sistema de Informatização da Saúde – Açores Região Digital) e para a SAUDAÇOR.

“A amenina dos olhos do senhor Secretário da Saúde é o SIS ARD. O senhor diz que, em 2009, este sistema fica implantado em 85%, mas isto estava tudo previsto para 2008. Onde está o ficheiro clínico electrónico único? E o call-center para os utentes do Serviço Regional de Saúde marcarem as suas consultas e exames complementares de diagnóstico por telefone? E a página da internet que iria disponibilizar informação aos utentes? Nada disso está feito”, denunciou.

“E a outra menina dos seus olhos, a SAUDAÇOR, é que tem a culpa porque adjudicou este serviço a uma empresa falida”, criticou.

Neste sentido, Artur Lima lembrou ainda que “quando o PS chegou ao Governo defendia a humanização dos cuidados de saúde. No entanto, agora, há quem preferia a informatização. O CDS-PP quer a humanização dos cuidados. A nossa prioridade, são os doentes e as pessoas, não as máquinas e os computadores”.

Por isso, acrescentou o líder parlamentar centrista, “o Senhor Secretário Regional pode contar com o CDS quando for para o bem dos doentes. Temos que ser fortes na crítica, mas estamos disponíveis para colaborar na humanização e na melhoria da acessibilidade aos cuidados de saúde. Sem fantasias!”.

Por fim, mas não menos importante, Artur Lima denunciou uma situação que se está a passar em alguns centros de saúde, relativa às reclamações dos doentes.

“O Senhor Secretário aconselha os doentes a usarem o Livro de Reclamações, mas tenho que o alertar para o facto de quem reclama nos Livros de Reclamações dos centros de saúde ser imediatamente excluído da lista de utentes do seu médico de família. Investigue e veja onde é que este direito dos cidadãos se está a transformar num prejuízo para o utente”, finalizou. 

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