Políticas sociais dominam preocupações do CDS para 2010

O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, Artur Lima, apontou as políticas sociais como grandes preocupações, na audiência que manteve, esta terça-feira, com o Presidente do Governo Regional, no âmbito da preparação do Plano e Orçamento Regionais para o próximo ano.


Saúde, Educação, Emprego e rendimento das famílias, foram as principais áreas apontadas pelos democratas-cristãos, que reuniram com Carlos César, no Palácio dos Capitães Generais, em Angra do Heroísmo.

À saída desta reunião, Artur Lima afirmou que manifestou ao chefe do executivo insular “preocupações no que diz respeito ao emprego e ao desemprego crescente na Região, assim como às pequenas empresas e às famílias e ao seu rendimento” apelando à concessão de apoios que “o Governo possa dar a estas”, como seja o caso “dos manuais escolares que, nesta altura de crise mundial, nacional e regional, são um encargo muito grande”.


O Líder dos populares açorianos manifestou, também, “preocupações relativamente à Saúde, que são sempre muitas da parte do CDS-PP, não só relativamente às infra-estruturas – nomeadamente quanto ao futuro Hospital da Terceira e ao prazo de execução da obra –, mas, essencialmente, no acesso dos utentes aos serviços de saúde, sobretudo, num combate mais eficaz às listas de espera”.


Artur Lima apontou que “sem deixarmos de ser críticos, manifestamos, mais uma vez, a nossa postura construtiva no debate que faremos quanto ao Plano e Orçamento”, frisando que “não achamos que o Governo tenha feito tudo mal, naturalmente fez coisas boas, mas também achamos que existem aspectos que se podem melhorar e faremos propostas que Visas contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos Açorianos e das famílias Açorianas”.

Segundo especificou, “como já é hábito, julgo que terá que ser feito um reforço quantitativo das diárias dos doentes deslocados que, este ano, não foram aumentadas, ao contrário do que previa o Projecto de Resolução do CDS-PP aprovada na Assembleia Regional”, bem como “às verbas para o combate às listas de espera”.

Por outro lado, dada a conjuntura de crise, Artur Lima afirmou que é fundamental que o executivo estabeleça “programas de apoio às famílias mais carenciadas”, salientando que, para os democratas-cristãos, “as famílias mais carenciadas (e aí a grande discordância com o Governo e com o PS), são aquelas que trabalham e que subsistem com 700 ou 800 euros por mês, com filhos a estudar, com casas para pagar”, entre outros encargos.


Isto porque, o CDS-PP considera que “se abusa dos apoios que se dão aos indivíduos do Rendimento Mínimo. Nós preconizamos, em vez de Rendimento Mínimo, o Trabalho Mínimo Garantido”, disse Lima ao acrescentar que “existe muito boa gente no Rendimento Mínimo que pode trabalhar” e que “os apoios ao Rendimento Mínimo podem ser dados sem ser em dinheiro”.

Sempre críticos dos abusos verificados nesta prestação social, os centristas entendem que os apoios ao RSI (Rendimento Social de Inserção) podem, por exemplo, ser dados em géneros, até porque “dá-se o dinheiro e todos nós sabemos como é que se estraga o dinheiro deste apoio. Eles não trabalham, mas têm carros e telemóveis topo de gama”.


A finalizar, Artur Lima indicou: “Depois é preciso dinheiro para pagar o carro, para a gasolina do carro, para o seguro do carro, para a inspecção do carro… tudo isto deve ser pago pelo Rendimento Social de Inserção? Fica a pergunta”, acentuou.

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