Portas defende contrato social entre empregadores e trabalhadores

O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, propôs hoje, em São Jorge, a “elaboração de um contrato social entre empregadores e trabalhadores” que ligue o crescimento dos salários ao crescimento da produtividade.

“É precisa uma aliança para bem de Portugal onde todos saibam contribuir para nos tirar deste atoleiro, e isso consegue-se com um compromisso social entre empregadores e trabalhadores e não com uma luta de classes onde ganha sempre o mais forte”, frisou o líder centrista, no encerramento do VIII Congresso do CDS-PP dos Açores. Paulo Portas afirmou “defender uma economia social de mercado” e, por isso, reivindicou que “quando o progresso de uma empresa se deve ao fator de trabalho ele deve refletir-se no salário do trabalhador”. Na sua intervenção, defendeu que “um jovem quando sente mais vocação pelo ensino profissional em detrimento do outro mais clássico” tal não representa “um desprestígio” social. “Pelo contrário, o país tem um mercado de trabalho que precisa de técnicos profissionais e não de tantas licenciaturas com desempregados”, salientou. A opção, segundo Portas, pela via profissional ou profissionalizante “deve acontecer mais cedo [no sistema de ensino] para que os jovens se preparem com antecedência para o mercado de trabalho e ser um futuro trabalhador ou empresário e não um desempregado”. Aos 105 congressistas regionais açorianos, o líder nacional disse que “é quase certa a eleição do líder regional, Artur Lima”, para a Assembleia da República, nas eleições de 05 de junho. “O PSD tem os seus dois deputados seguros mas o PS vai perder um em favor do CDS/PP-Açores”, prevê Paulo Portas. Alertou para o facto de “as pessoas até agora votarem em siglas e emblemas, mas terem passado a optar por dar o voto em quem tem mérito e competência”. O líder do CDS disse também que “terminou o tempo de ganhar eleições à custa do dinheiro que não existe, do dinheiro dos outros e dos portugueses que ainda não nasceram”. Paulo Portas acusou o PS e PSD de “andarem a exigir serem os primeiros ou maiorias absolutas”, acrescentando: “Dou comigo a pensar que se tivessem sido bons não precisavam de fazer exigências”. “O voto não se exige, mas merece-se, porque o dono dos votos não são os partidos mas os eleitores que livre e conscientemente sabe a quem o dar”, acrescentou. O presidente democrata-cristão prometeu, em conjunto com Artur Lima, voltar aos Açores na campanha eleitoral para “palmilhar ilha a ilha, rua a rua, porta a porta sem nenhuma soberba, mas com toda a humildade”.

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