Português cria maior directório para ser “o melhor de sempre”

internetO português Carlos Zamith criou o maior directório da Internet e pretende torná-lo a breve prazo no “melhor de sempre”, revelou à agência Lusa o próprio criador do directório Mapitol (palavra homófona de map it all).

 

Na primeira apresentação pública do Mapitol, Carlos Zamith revelou à Lusa os principais objectivos deste projecto, em funcionamento há 18 meses, e afastando-se do conceito de motor de busca, colocou a sua ideia como a “reinvenção da Internet”.

 

“O que este directório tem de especial é a sua grande dimensão. Enquanto os directórios que existem têm dezenas de milhares de categorias, nós teremos dezenas de milhões de assuntos”, explicou.

 

Carlos Zamith, que abandonou uma carreira de 20 anos como gestor de empresas e auditor para se dedicar ao Mapitol, afirmou que a ideia surgiu pela necessidade de encontrar mais rapidamente informações relevantes e de forma instintiva, num conceito em árvore e na qual cada tema tem no máximo 26 subtemas e assim sucessivamente.

 

“Quando queremos encontrar informações específicas temos os motores de busca actuais que fazem esse trabalho de forma muito eficiente. Quando queremos estudar um assunto em profundidade e não sabemos exactamente o que procurar é muito complicado encontrar o que queremos”, disse.

 

A grande diferença do Mapitol, afirma Carlos Zamith, “é a de conseguir ter um robot que percorre a Internet autonomamente e, automaticamente, classifica os páginas da Internet nessa árvore de assuntos”.

 

“A árvore está construída com uma estrutura tal, que permite que essa classificação seja bastante fidedigna e os resultados sejam praticamente automáticos, sem grande revisão dos editores”.

 

Na opinião de Carlos Zamith, que espera lançar a ideia na rede no primeiro trimestre de 2010, com o objectivo de atingir 100 milhões de page-views por mês, o Mapitol “irá impor-se não como algo que irá tirar espaço ao Google ou outros motores de busca”, mas sim como uma “nova ferramenta”.

 

“Se eu quiser estudar um assunto mais a fundo, vou saber que o Mapitol é a melhor solução, pois encontro os melhores sites para esses assuntos, uma comunidade de utilizadores com quem posso entrar em conversações e no qual posso aceder aos assuntos organizados. Se não sei exactamente o que pretendo, sou colocado numa árvore de fácil consulta”.

 

A criação de um mapicode, que seja em breve uma “espécie de código ISBN” na Internet, a publicidade contextualizada ao pormenor, assim como o desenho de uma árvore que permitirá aos adultos filtrar a informação consultada pelas crianças, são outras das inovações do Mapitol, que será direccionado a todo o tipo de utilizadores, embora ainda somente na língua inglesa, nesta primeira fase do projecto.

 

“O Mapitol utiliza o conceito de Internet colaborativa, já que o utilizador pode participar no produto e melhorá-lo, com as alterações apenas a serem efectuadas quando a comunidade virtual as aprovar. É um sistema muito democrático que, creio, por si só, será bastante apreciado”.

 

Com um investimento de 200 mil euros numa primeira fase, cinco editores, dois colaboradores e o prórpio Carlos Zamith, o Mapitol quer ficar em Portugal, embora a crise e a relação dos empresários lusos com a Internet esteja a tornar difícil o objectivo.

 

Zamith admite que o Estado poderá, “pela dimensão do projecto”, querer chamá-lo a si.

“Eu tenho lutado bastante para que o projecto fique em Portugal. Não queria que o Mapitol fosse financiado ou vendido a empresas estrangeiras. Tem sido difícil, mas estou a lutar e acredito que vamos conseguir manter o projecto em Portugal”.

 

A segunda fase do projecto implica um investimento de 250 mil euros, para um valor total de um milhão e meio a dois milhões, quando finalizado o Mapitol, que nessa altura já terá cerca de oitenta colaboradores.

 

 

 

Lusa

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here