Posição geoestratégica dos Açores tem de ser potenciada – PSD

Os deputados do PSD/Açores na Assembleia da República, Berta Cabral e António Ventura, defendem uma articulação política prospetiva “que possa potenciar a importância geostratégica e geopolítica do Arquipélago dos Açores”, tendo apresentado um projeto de resolução nesse sentido, pretendendo que o Governo da República, “juntamente com o Governo Regional”, crie iniciativas “para dar a conhecer, de forma institucional, politica e jurídica, as vantagens e os desafios da posição geoestratégica e geopolítica dos Açores”.

Para os social democratas, a centralidade da Região “é uma condição que desperta a atenção da política geográfica global, motivo pelo qual os Açores estão referenciados por grandes potências, blocos ou grupos de países, como fazendo parte de uma atual ou futura estratégia”, adiantam.

“Esse conhecimento contribuirá para continuar a posicionar os Açores no âmbito do investimento Europeu e mundial em diversas áreas”, explica António Ventura, referindo “o interesse mundial na nossa Região, por razões económicas, sociais, militares, científicas e tecnológicas. Há, efetivamente, novas dimensões da importância estratégica dos Açores”.

Os deputados do PSD/Açores destacam que “existe um amplo campo de possibilidades no domínio económico, científico e tecnológico, e também ao nível dos acordos comerciais, das alterações climáticas, no que toca ao ambiente, às energias renováveis, aos fluxos migratórios, no plano agroalimentar, na astrofísica, no aeroespacial, na oceanografia, na vulcanologia, na sismologia”, afirmam.

Para Berta Cabral e António Ventura, os Açores podem ser “um laboratório privilegiado para a investigação e a experimentação”, considerando “que já existem exemplos da presença mundial científica e tecnológica na Região”.

Os parlamentares recordam que a União Europeia possui uma repleta agenda de futuras negociações comerciais, muitas das quais com vista à liberalização do comércio: “por exemplo, estes acordos à escala global fazem-se acompanhar de um crescimento ao nível dos transportes, e a centralidade dos Açores cria oportunidades estratégicas no domínio de várias potencialidades relacionadas com a navegação comercial aérea e naval”.

“As vantagens do nosso posicionamento constituem um repto do futuro que deve ser preparado no presente”, sublinham Berta Cabral e António Ventura, que acreditam na valência geográfica “como forma de contribuir para o desenvolvimento da Região pela criação de riqueza e emprego”.

Assim, “surgem um conjunto de possibilidades económicas e socias, no âmbito da criação de novas empresas e empregos, designadamente nos Portos e Aeroportos”, referem, reforçando que cabe à União Europeia “valorizar todos os seus territórios, pelo aproveitamento das suas potencialidades em benefício das suas populações”.

“A posição geográfica dos Açores pode ainda permitir à União Europeia maiores possibilidades de gestão, controlo e vigilância da navegação marítima e aérea”, acrescentam, concluindo com o propósito de que “o desejado e imprescindível processo de internacionalização da economia regional possa ser, a breve trecho, uma realidade”.

 

Açores 24Horas / NI

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