Presidente do Governo afirma que proposta da República para a RTP/Açores faz concorrência a privados

vasco cordeiroO Presidente do Governo dos Açores levantou hoje reservas à criação de uma empresa destinada à produção de conteúdos audiovisuais proposta pelo Governo da República, uma vez que existem na Região privados que já desempenham esta atividade.

“Não se percebe muito bem a razão de constituição de uma nova empresa para a produção de conteúdos quando já existem privados que têm essa função nos Açores”, afirmou Vasco Cordeiro, em declarações aos jornalistas depois de ter recebido a Direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada. (CCIPD).

No final da audiência, o Presidente do Governo salientou que o encontro permitiu constatar que, também em relação à CCIPD, existem algumas posições que o Governo dos Açores tem manifestado neste processo e que merecem um consenso, nuns casos de forma mais global, noutros de forma mais específica.

“Em primeiro lugar, o facto de ser essencial, até na perspetiva do aprofundamento do trabalho que é feito com os privados, no âmbito do Serviço Público de Rádio e Televisão, a existência de um centro de decisão” da RTP e da RDP nos Açores, reafirmou Vasco Cordeiro.

O Presidente do Governo considerou que a proposta apresentada, em abril, pelo Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, no que se refere à criação desta eventual empresa de conteúdos, “aparenta servir mais para transferir trabalhadores de um sítio para outro do que, propriamente, ser uma solução para dar outra vitalidade e outro futuro ao Serviço Público de Rádio e Televisão”.

Vasco Cordeiro assegurou, por outro lado, que o Governo dos Açores está a ultimar a contraproposta a enviar ao Governo da República, na sequência da “posição açoriana” que resultou da Resolução que o executivo regional apresentou à Assembleia Legislativa e que foi aprovada na semana passada.

Entre outros pontos, a Resolução defende ser essencial que, independentemente da concreta solução organizativa e estrutural para o Serviço Público de Rádio e Televisão dos Açores, seja garantido que o respetivo centro de decisão administrativo, financeiro e editorial esteja na Região.

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