Presidente do PSD/Açores diz que sector industrial “tem sido muito desconsiderado”

A líder do PSD/Açores, Berta Cabral, disse hoje, no final de uma visita a uma empresa de construção civil e carpintaria da ilha Terceira, que “o sector industrial tem estado muito desconsiderado”.

“Apoiar as indústrias existentes e a criação de novas empresas industriais é uma medida fundamental porque são estas empresas que garantem a criação de riqueza, e é também através da transformação que se acrescenta valor” sustentou a líder social-democrata.

Para Berta Cabral, “todas as pequenas e médias empresas de todos os setores são importantes, nomeadamente nas áreas dos serviços e turismo”. Porém, acrescentou, “não basta comercializar é preciso transformar”.

“Admito que exista alguma falta de eficácia nos apoios à modernização, na procura de novos mercados e na diversificação de novos produtos porque até na indústria agroalimentar se percebem grandes dificuldades ou empresas que já desapareceram”, sublinhou.

Cabral frisou que, com a crise, “há, como é óbvio, empresas que sentem mais dificuldades do que outras mas nota-se, de uma forma global, que todas têm vontade de dar a volta ao problema”.

A dirigente social-democrata fez notar que os Açores “foram a única região do país, nesta época sazonal de verão, a aumentar a taxa de desemprego quando, devido em particular ao turismo, se deviam ter aumentado os postos de trabalho”.

Os proprietários da empresa, dois irmãos que herdaram o negócio fundado pelo pai há 48 anos, disseram que “a atividade decresceu entre 10 e 15 por cento nos últimos dois anos”.

Para além da crise “o decréscimo deve-se a que a população adquire muitos dos seus móveis fora da região, dado o preço mais baixo e a facilidade em os montar”.

“A concorrência é não só dessas empresas que já vendem tudo feito mas também das pequenas empresas locais que não têm os encargos que nós temos uma vez que vendem sem cobrar o IVA aos clientes”.

A resposta sugeriu uma queixa sobre fuga aos impostos, situação a que Abel e Jorge Nogueira não fugiram mas sublinhando que “não podem fazer nada”.

O que fazem “é procurar negócios que garantam a entrada de 40 mil euros mensais em receitas que permitam manter os 36 postos de trabalho, sem salários em atraso e com as contas em dia com a segurança social e finanças” como frisaram.

Ambos admitem que tem sido “a atividade na construção civil que tem, apesar dos contratempos e da crise, permitido manter toda a estrutura a funcionar ainda que com menos margem no lucro porque os nossos empregados estão em primeiro lugar”.

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