Primeiro hotel de cinco estrelas nos Açores foi inaugurado em Angra do Heroísmo

O primeiro hotel de cinco estrelas dos Açores foi inaugurado ontem em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, com 130 unidades de alojamento, incluindo 24 residências medicalizadas, num investimento superior a 23 milhões de euros.

 

Na cerimónia de inauguração, Carlos César, presidente do Governo Regional dos Açores, considerou que o empreendimento “valoriza a atratividade turística” em Angra do Heroísmo e na Terceira, reforçando “um dos setores económicos de maior potencial nos Açores”.

“Conhecidos os constrangimentos da atual conjuntura económica nacional e internacional, à qual os Açores não estão imunes, a aposta no segmento do turismo e o surgimento de projetos empresariais neste setor prometedor representam um importante sinal de confiança no presente e no futuro”, frisou.

O presidente do executivo açoriano salientou que o Angra Marina Hotel assinala uma “evolução importante na qualidade e diversificação da oferta hoteleira da região”, considerando que a nova unidade hoteleira atrairá “novos e exigentes segmentos do mercado”.

Carlos César admitiu, no entanto, que “há muito a fazer e muito para investir” na área do turismo, não só na redução dos custos associados e na melhoria da mobilidade, como na “especialização e diversificação da oferta e ocupação dos visitantes”, frisando que os empresários necessitam de uma “maior recuperação do setor bancário”.

Ainda assim, Carlos César salientou que “a melhoria considerável da oferta dos vários tipos de alojamentos e das acessibilidades, verificada nos últimos anos, colocou os Açores no mapa turístico nacional e no mercado internacional”, defendendo que a região deve apostar nos mercados externos.

“Diversificámos a procura, tornámo-nos menos dependentes do mercado nacional, qualificámos a oferta e temos de continuar a incentivar a animação turística”, salientou.

Por seu lado, Américo Gonçalves, presidente do grupo Por-do-Sol, proprietário do hotel, apelou ao executivo regional para que sensibilize a SATA para que melhore os horários das ligações aéreas com a ilha Terceira.

O empresário reivindicou preços de passagens áreas “concorrenciais com outros destinos”, salientando que uma viagem de ida e volta entre a Terceira e o Funchal, na Madeira, pode chegar a 693 euros.

Américo Gonçalves também criticou a Caixa Geral de Depósitos por, alegadamente, não ter cumprido o protocolo acordado com a sua empresa, o que terá provocado um atraso de 18 meses na conclusão da obra.

 

Lusa

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