Processo do Diretor do Museu de Angra revela “um secretismo inaceitáve​l na administra​ção regional”

O PSD/Açores lamentou hoje “o secretismo inaceitável” patente na administração regional, referindo-se ao processo em torno do atual diretor do Museu de Angra, sobre o qual foi ouvido esta manhã o ex-Secretário Regional da Educação e Cultura (SREC), Fagundes Duarte, “que, no final de 2013, tinha já emitido um despacho de não-recondução do ainda titular daquelas funções”, disse o deputado António Ventura.
 
Segundo referiu, “esta audição trouxe preocupações, acrescidas a todas as dúvidas que já tínhamos sobre um processo que é, no mínimo, estranho. Temos que perceber o que é que se passa, que forças são essas e que secretismo é esse, que impedem o apuramento da verdade”, questionou.
 
“Temos um diretor regional que omite informação sobre supostas ilegalidades, um secretário regional que não conhece a informação, temos um ex-secretário regional que diz que o presidente do governo teve conhecimento dessa informação e ainda um vice-presidente do governo que não quis avançar com um inquérito sobre o atual diretor do Museu de Angra”, disse António Ventura.
 
Na audição desta manhã foi apresentado um documento em que Fagundes Duarte, então SREC, e perante as alegações do Diretor Regional da Cultura sobre a incompatibilidade de funções levadas a cabo por Jorge Bruno, confirmava a não recondução do atual diretor do Museu de Angra, indicando mesmo um concurso público para o provimento daquele lugar.
 
António Ventura lembrou que “foi a maioria parlamentar, neste caso o PS, que não quis ouvir o ex-secretário regional sobre o assunto na Comissão de Assuntos Sociais”, e frisou que “o atual secretário regional da cultura, mesmo sem conhecimento da situação hoje relatada, já disse que o episódio da dança do ventre seria suficiente para a não-recondução do diretor do Museu. Agora, que tem a informação toda na mão, o que é que espera?”, questionou.
 
O deputado acrescentou que estão ainda em curso investigações, pelo Tribunal de Contas, “relativas às obras da nova Biblioteca de Angra, do Museu da Boa Nova e do Centro de Artes Arquipélago. Ações confirmadas pelo ex-secretário regional e cujas conclusões ainda não são conhecidas, o que só prova que há ainda mais a descobrir e que as suspeitas aumentam”, concluiu.

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