Produtos sexuais no aconchego do lar também nos Açores

mala-viagemO conceito é simples: levar ao aconchego do lar, produtos de carácter sexual exclusivamente para mulheres. Semelhantes às reuniões da ‘Tupperware’, onde as vendedoras se deslocam a casa das clientes para experimentarem os produtos, as reuniões de ‘tuppersexo’ têm apenas produtos diferentes.
Desde a cosmética erótica, passando pelos vibradores e ainda alguns conselhos para ter e dar maior prazer, os produtos da Maleta Vermelha “têm tudo a ver com sensualidade”, ou não fossem dirigidos para o público feminino. A Maleta Vermelha é um conceito que nasceu nos Estados Unidos e foi implementado em Espanha chegando depois a Portugal e também aos Açores, onde está presente desde Novembro do ano passado. A assessora/vendedora, Vanessa, chega a casa da anfitriã com uma grande mala de viagem vermelha. É dali que vão saindo os produtos. Primeiro os cremes e óleos de massagens de vários sabores e comestíveis, pós de mel comestíveis acompanhados por uma pena para os aplicar, os óleos íntimos, os jogos para apimentar a relação e, por último, os vibradores. Como a sensualidade é a palavra-chave, as participantes podem experimentar, cheirar, lamber os produtos para tentar perceber se gostam do sabor e do toque e mesmo para perceber se seria uma coisa que interessa ao companheiro.
As reuniões não obrigam à compra dos produtos, mas é no fundo esse o objectivo: levar às mulheres o que está à venda em sex-shops mas que de outra maneira se sentiriam inibidas em experimentar. Porque estão entre amigas e num ambiente controlado e intimista, diz Vanessa, que “as mulheres se sentem mais à vontade para falar, para brincar, para contar uma experiência ou mesmo para rir”. Quando colocam alguma questão sobre os produtos, a assessora explica como funciona e como pode ser usado, mas se as perguntas se desenrolam no campo mais clínico, as sexólogas da equipa da Maleta Vermelha são contactadas “para eu poder dar uma resposta correcta e poder ajudar essas mulheres a serem mais felizes”, acrescenta Vanessa.
Um jantar de amigas, festa de anos ou mesmo despedidas de solteira são as ocasiões mais frequentes para uma reunião da Maleta Vermelha, que pode ser marcada através do site www.amaletavermelha.com e onde está disponível informação sobre a assessora.
Nos Açores, a reacção das mulheres ainda é “um pouco tímida”, acrescenta Vanessa, “talvez por ser um meio pequeno e onde as pessoas ainda se sentem inibidas”. Mas a assessora deixa o conselho de que “as mulheres têm de deixar os medos e as vergonhas de lado, porque eu vou ao encontro delas, num ambiente descontraído e controlado, o que facilita as coisas”. Até porque “o conceito surgiu para lutar contra o mercado sexualmente masculino, associado à pornografia. Nas reuniões da Maleta Vermelha as mulheres experimentam sensualidade e despertam novos prazeres entre o casal”, refere.
E os produtos têm inclusive ajudado a salvar casamentos, porque “se não formos alimentando a relação, não só com os produtos, mas falando com o companheiro, as coisas começam a acalmar”. Mesmo quando a mulher descobre a Maleta Vermelha e participa numa reunião, “o companheiro fica entusiasmado e quer saber se comprou alguma coisa” e começam a descobrir novas coisas na intimidade.

 

 

 

in AOriental / Carla Dias

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