Numa conferência de imprensa em Ponta Delgada, o presidente do SPRA, António Lucas, anunciou que o sindicato confrontou as várias candidaturas com um conjunto de questões destinadas à obtenção de “compromissos” e acrescentou, sobre o tema da gestão escolar, que é “fundamental” manter o modelo atualmente aplicado nas ilhas.
“Estamos isolados no todo nacional, aplicando um modelo [de gestão democrática] em vigor há mais de uma década, que no continente e na Madeira já desapareceu e que importa manter”, contrariando “o que parece ser uma tendência neo-liberal de centralização” afirmou.
António Lucas insistiu na importância da rejeição de um sistema que “centraliza o poder todo em alguém que é o único que presta declarações à administração e que serve de correia de transmissão”, sublinhando que “a democracia também se aprende na escola”.
O caderno reivindicativo apresentado pelo SPRA, com base no qual o sindicato questionou os partidos e coligações concorrentes às legislativas regionais previstas para outubro, contempla também novas soluções para os concursos de colocação e promoção na carreira dos professores, incluindo matérias respeitantes à carga horária.
Propõe igualmente alterações nas regras aplicadas ao domínio da educação especial, considerando, nomeadamente, que o mecanismo de classificação dos alunos em vigor “afasta inúmeras crianças e jovens com verdadeiras necessidades educativas especiais”.
“Para decidirem o seu voto nas eleições, os cerca de 5.000 professores dos Açores precisam de conhecer antecipadamente os compromissos das várias candidaturas”, afirmou António Lucas, assegurando a sua publicação das diversas propostas no jornal do sindicato.
Lusa