Programas de combate a doenças cardiovasculares arrancam na região

cardiologia-hipertensaoA diretora regional de Saúde dos Açores, Sofia Duarte, anunciou hoje o arranque do Programa Regional para a Utilização de Desfibrilhadores Automáticos Externos por Não Médicos e de Acesso Público à Desfibrilhação.

Sofia Duarte fez o anúncio na cerimónia de abertura da III Bienal de Cardiologia da Terceira, acrescentando que o programa vai funcionar nesta fase em quatro corporações de bombeiros das ilhas de S. Miguel e da Terceira.

“Estes programas requerem um planeamento rigoroso e detalhado”, frisou, destacando a “formação dos operacionais, a transmissão de dados e auditorias contínuas, bem como um controlo médico rigoroso e permanente”.

A diretora regional salientou que “só com todos estes procedimentos é possível salvaguardar a segurança dos doentes e dos operacionais e a eficácia da ação”.

Sofia Duarte revelou que o atraso no início deste programa foi originado pela publicação de legislação nacional, acrescentando que os profissionais envolvidos já receberam formação específica, à semelhança do que acontece no restante território nacional.

A diretora regional da Saúde salientou ainda que este programa vai articular-se com o Programa Regional de Prevenção e Controlo das Doenças Cérebro–Cardiovasculares.

Nesse sentido, defendeu que, apesar da diminuição das taxas de mortalidade por doenças cérebro-cardiovasculares nos últimos anos, “não se pode baixar os braços” e é necessária “atuação planeada e organização ao longo de todo o sistema de saúde”.

Sofia Duarte apontou como exemplo a sensibilização dos açorianos para fatores de risco de mortalidade como o tabagismo, o álcool, o sedentarismo ou a diabetes.

Na sua perspetiva, a implementação dos novos programas de saúde deverá melhorar os indicadores da região nesta área em 2012.

Na cerimónia de abertura da III Bienal de Cardiologia da Terceira, Sofia Duarte defendeu a importância da “partilha de experiências e da cooperação entre cardiologistas e médicos de medicina geral e familiar”.

Numa altura em que existem cardiologistas apenas em três das nove ilhas dos Açores, os profissionais do Hospital de Angra do Heroísmo manifestarem ter “boas expetativas” quanto à contratação de mais especialistas.

Virgínio Schneider, cardiologista daquele hospital e presidente da Bienal, alertou para a importância de trazer à Terceira a discussão de um tema “líder de mortalidade”, sobretudo “quando os números da região são superiores à média nacional”, acrescentou.

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