Projetos científicos desenvolvidos na Região serão relevantes para o AIR Center, afirma Gui Menezes

gui menezesO Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou hoje, na Praia da Vitória, que as políticas científicas seguidas nos últimos anos nos Açores têm contribuído para uma “crescente internacionalização” da ciência que se faz na Região, frisando que “essa visibilidade servirá para apoiar a criação do Centro de Investigação Internacional do Atlântico (AIR Center)”.

Gui Menezes, que falava na abertura da reunião ‘Atlantic Interactions: High Level Industry-Science-Government Dialogue’, salientou que os Açores se situam sobre “a tripla junção das placas americana, europeia e africana”, acrescentando, por isso, que o arquipélago “é o local certo” para discutir a criação do AIR Center.

O titular da pasta da Ciência afirmou que os Açores dispõem de fundos regionais para a investigação científica que “complementam o financiamento da investigação a nível nacional”, destacando o empenho da Região em “canalizar fundos europeus para a ciência através de parcerias internacionais com outras regiões, institutos de investigação e agências de financiamento”.

Na sua intervenção, Gui Menezes referiu a Estratégia de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente da Região (RIS3) implementada pelo Executivo açoriano, afirmando que “tem três eixos prioritários que ligam a ciência e economia”, nomeadamente a Agricultura, o Mar e Pescas e o Turismo.

Esta Estratégia, acrescentou, identificou também “áreas em que os Açores dispõem de vantagens competitivas ao nível da União Europeia, assim como um elevado potencial de investigação e inovação”.

“As ciências do mar e da terra, designadamente a vulcanologia e a sismologia, o desenvolvimento de infraestruturas de tecnologia aeroespacial, que beneficiam da nossa localização, bem como o envolvimento em programas relacionados com o espaço são também prioridades para a nossa Região”, sustentou.

Nesse sentido, Gui Menezes considerou que os Açores têm apoiado projetos científicos nestas áreas que “terão relevância” para o projeto do AIR Center.

O Secretário Regional lembrou ainda que o Governo dos Açores implementou uma “política de investimento em infraestruturas tecnológicas, incluindo estações de observação do Espaço, da Terra e da Climatologia”, acrescentando que o Executivo tem “incentivado” os centros de investigação regionais para que se envolvam “ativamente em redes internacionais científicas”.

Em declarações aos jornalistas, Gui Menezes manifestou a expetativa de que, com esta reunião que hoje começou e se prolonga até sexta-feira, haja “um diálogo mais aprofundado entre os vários países que mostraram interesse em participar neste projeto, bem como entre empresas e investigadores”.

“Esperamos que surja um compromisso de vários países em relação a este projeto”, afirmou, referindo que será criado um grupo de trabalho em junho que, “até ao final do ano, irá apresentar uma proposta de governança e de financiamento” para este centro.

“Pelo interesse demonstrado nesta reunião, que conta com 261 participantes de 29 países, o futuro do AIR Center parece ser promissor”, frisou Gui Menezes.

 

 

Açores 24Horas / Gacs

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