Proposta da Comissão sobre o Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização “não passa de um presente envenenado”

O Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativo ao Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização foi hoje debatido na Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu. Trata-se de uma proposta da Comissão Europeia para alargar aos agricultores o leque de beneficiários vítimas de desemprego causado pelos impactos da globalização que, segundo Patrão Neves, “não passa de um presente envenenado para os agricultores, uma vez que ao prometer fundos compensatórios para os impactos negativos dos acordos internacionais, já assume o fracasso das negociações para a agricultura e se desresponsabiliza de se focar no essencial, isto é, evitar quaisquer impactos negativos”.

 A eurodeputada do PSD, acrescentou que “a proposta propõe fundos reduzidos, a co-financiar em 50% pelo Estado-membro na actual época de crise, sujeitos a um processo de candidatura complexo, pouco claro em relação às acções elegíveis ou mesmo ao âmbito que contempla, se apenas ao sector agrícola produtivo ou também o agro-alimentar em geral.

“ Se aceitássemos esta proposta como se apresenta estaríamos a dar um cheque em branco à Comissão para acordos como o do Mercosul ou o de Marrocos”, considera a eurodeputada, numa posição partilhada por outros deputados das diferentes famílias políticas. Patrão Neves falava na Comissão de Agricultura durante a troca de pontos de vista sobre o Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização, de que é relator o seu colega socialista Luís Paulo Alves. Contrariando a postura conciliatória do seu colega, Patrão Neves lamentou que “os agricultores açorianos tivessem ganho expectativas de retornos pelo tão anunciado Fundo de Ajustamento à Globalização quando a proposta oferece uma mão cheia de nada!”

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here