Protesto dos trabalhadores dos portos vai continuar avisa Sindicato

O protesto dos trabalhadores da empresa Portos dos Açores, que hoje impediu a rotina normal de funcionamento da atividade portuária no arquipélago, vai prosseguir até que as suas reivindicações sejam satisfeitas, assegurou um dirigente sindical.
“Esta forma de luta vai decorrer por tempo indeterminado, pode decorrer durante um mês ou dois, por dias, não tem datas”, assegurou António Almeida,
dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias, em declarações à Lusa.
António Almeida frisou que os trabalhadores “vão bater o pé até ao último minuto”, admitindo que a recusa às horas extraordinárias e à polivalência se mantenha até que o Governo Regional dos Açores ceda a negociações com o sindicato.
A decisão de prolongar este protesto foi tomada ao final da tarde num plenário que decorreu na sede da Portos dos Açores, em Ponta Delgada, em que participaram cerca de meia centena de trabalhadores.

António Almeida revelou que, durante a manhã de hoje a adesão ao protesto foi de “100 por cento”, mas salientou que, de tarde, “dois trabalhadores furaram” o protesto e possibilitaram “a entrada de um navio e a saída de outro” do porto de Ponta Delgada.

O facto de apenas dois, entre mais de uma centena de trabalhadores, não terem aderido ao protesto levou o dirigente sindical a manifestar a convicção de que será possível manter este protesto até que o Governo Regional ceda às reivindicações, que passam pela reposição dos subsídios de férias e de Natal, tal como aconteceu na elétrica açoriana EDA e na transportadora aérea SATA.

Por seu lado, Fernando Oliveira, presidente do sindicato, que também esteve presente no plenário, afirmou estar satisfeito com a adesão dos trabalhadores, antecipando uma forte participação na greve geral dos trabalhadores dos portos nacionais que vai decorrer entre 21 e 24 de setembro.

“É um bom indicador”, afirmou, antevendo que o porto de Ponta Delgada poderá estar sem atividade durante quatro dias.

Fernando Oliveira revelou ainda que “já foi pedida ao diretor regional, por escrito, a demissão” do presidente do Conselho de Administração da Porto dos Açores, assegurando que “não haverá paz social se ele não for embora”.

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