PS/Açores considera “muito infelizes” recentes declarações de Bolieiro

O PS/Açores considerou hoje “muito infelizes” recentes declarações do presidente do Governo Regional a propósito das reivindicações de mais apoios por parte dos empresários de São Jorge devido à crise sismovulcânica, denotando “uma maioria que tolera mal a discordância”.

O presidente do Governo Regional dos Açores, regressou sexta-feira à ilha de São Jorge, onde se regista uma crise sismovulcânica desde 19 de março.

Na altura, e quando questionado pelos jornalistas sobre as reivindicações de mais apoios por parte das associações empresariais de São Jorge, o chefe do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM notou que “os pedidos têm de ser justos, comprovados e adequados”, assegurando estar “atento” ao evoluir das “perdas de rendimento” ou “sobrecustos” relacionados com a crise sismovulcânica.

“Aceito que representantes dos empresários alertem, não podem é criticar. Não há nenhuma negação. Há uma vigilância para ser justo e adequado. Nem sempre os pedidos são justos. Os pedidos têm de ser justos, comprovados e adequados. O Governo [Regional] estará atento”, afirmou ainda, na sexta-feira, José Manuel Bolieiro.

Hoje numa nota enviada às redações a Comissão Permanente do PS/Açores afirmou serem “muito infelizes” as recentes declarações do chefe do executivo açoriano que, a propósito das reivindicações dos empresários jorgenses, afirmou à comunicação social: “aceito que os representantes dos empresários alertem, não podem é criticar”.

“A democracia exige, também, o respeito pela liberdade de critica e esta liberdade não deve ser colocada em causa nem condicionada, sobretudo, por quem exerce funções governativas e que, por maioria de razão, não só deve estar sujeito ao mais rigoroso escrutínio como, também, deve manifestar disponibilidade para ouvir e dialogar com todos”, considerou André Franqueira Rodrigues, membro da Comissão Permanente do PS/Açores, citado na nota.

Ainda de acordo com o dirigente socialista, as declarações em causa “são reveladoras de uma maioria que apregoa o diálogo, mas tolera mal a discordância e convive pior ainda com a crítica”.

O PS/Açores alertou ainda que “há largas semanas” que a economia de São Jorge “vive uma dramática retração em consequência da crise sismovulcânica”, defendendo que “a situação extraordinária” da ilha “não será resolvida com meias medidas como aquelas que o Governo propõe”.

André Franqueira Rodrigues, citado na mesma nota, lembrou que o PS/Açores propôs “muito recentemente que fosse aprovado com urgência um abrangente pacote de medidas de apoio às famílias e empresas de São Jorge”, mas “a maioria que suporta o Governo na Assembleia Legislativa dos Açores não entendeu que fosse urgente aprovar” estas iniciativas.

Na sexta-feira após o ‘briefing’ sobre a crise sismovulcânica em São Jorge o presidente do Governo dos Açores anunciou um ‘voucher’ de 35 euros a quem visite e pernoite na ilha de São Jorge, uma medida para incentivar o turismo naquela ilha do arquipélago açoriano.

José Manuel Bolieiro insistiu ainda na necessidade de “normalidade com responsabilidade e vigilância” por parte de residentes e visitantes, devido a uma “maior tranquilidade quanto à capacidade instalada” de meios no terreno para eventual reação em caso de um abalo de maior magnitude ou de erupção vulcânica em São Jorge.

Lusa

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