O Partido Socialista apelou, esta terça-feira, através do deputado Francisco César, ao “rápido pagamento de apoios em falta aos taxistas, concedidos como compensação pela perda de rendimentos derivada à COVID-19”, que falava à margem de uma reunião entre uma delegação de deputados socialistas e a Associação de Táxis de Ponta Delgada.
Segundo frisou o deputado do PS, “em falta estarão, de acordo com números avançados pela Associação de Táxis de São Miguel, pagamentos na ordem dos mil euros a cerca de 200 pessoas que fazem dos transportes em táxi a sua atividade principal”, pessoas “que passaram muito tempo a ganhar cinco, 10 euros por dia ou mesmo nada”.
Realçando que o PS “tem tido uma preocupação com as atividades económicas que têm vindo a ser afetadas pela crise”, Francisco César lembrou que “o setor dos táxis tem sido das atividades mais afetadas”, com “alturas de paralisação total”.
O deputado socialista lembrou, em contraponto, a “eficácia das medidas criadas pelo Governo Regional anterior”, sublinhando que “o facto de o Orçamento ter sido aprovado tardiamente não é desculpa, porque toda a regulamentação já poderia estar feita, todo o processo de candidaturas já poderia estar feito e, quando o Orçamento entrasse em vigor, o Governo Regional estaria plenamente capacitado para pagar estes apoios”.
“Esta medida foi aprovada por unanimidade no Parlamento Açoriano”, recordou Francisco Cesar, lamentado que este Governo “apenas cumpra os seus compromissos quando é pressionado pelos setores afetados ou pela oposição”.
“Já aconteceu com outros apoios a outras atividades económicas, que estão todos a ser pagos com atraso e que devem ser pagos quando têm de ser pagos, quando as normas o dizem. Não tem de ser feitos apenas porque o PS ou outro partido o solicite. Neste caso há um apoio que foi aprovado em fevereiro, que já foi regulamentado, que já houve candidaturas, que merece ser pago”, destacou o socialista.
“O atual Governo Regional tem o Orçamento que quis, tem um Governo com a dimensão que quis – o maior de sempre – tem os recursos financeiros que quis ter. Não há nenhum motivo para não pagar, por isso o que este Governo tem de fazer é pagar o que deve”, considerou Francisco César.
