PS defende presença da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores no Conselho da Diáspora Açoriana

O Grupo Parlamentar do PS/Açores considerou hoje, no âmbito de uma Declaração Política proferida no parlamento Regional, que sendo o Conselho da Diáspora Açoriana “um instrumento fundamental para o envolvimento das nossas comunidades nas matérias políticas, económicas e sociais da nossa Região” e que, “por via da extinção da SDEA” se perdeu “um parceiro primordial”, deve a Câmara do Comércio e Indústria dos Açores “ser convidada” a participar nas reuniões deste organismo, quando estejam em causa matérias de natureza económica.

A deputada socialista Ana Luís, que tomou posse como conselheira no passado dia 10 de junho, recordou que a proposta do anterior Governo, que foi aprovada por unanimidade a Assembleia Regional, reconhecia o “momento de viragem da nossa Diáspora”, que começa a ter uma “determinante influência política, económica, social e académica”, considerando que os açorianos que estão fora da Região devem ter “condições” para que “possam participar, de forma ativa, no projeto açoriano”.

Tendo em conta a importância de se potenciarem sinergias futuras e que a SDEA garantiria, caso não tivesse sido extinta por este governo, “a capacidade de construir pontes entre diferentes parceiros institucionais, privados e públicos”, o GPPS propõe esse envolvimento da Câmara do Comércio e Indústria, a título de entidade convidada para reuniões em que sejam debatidos assuntos económicos, relacionados, por exemplo, com a “promoção externa dos Açores e a captação de investimento externo”, realçando Ana Luísa Luís que “este Conselho promove um espaço de diálogo e partilha de conhecimento”, mas que deverá ser, “acima de tudo, um espaço privilegiado para pensar o futuro dos Açores”.

No âmbito do debate, Artur Lima, que tutela a área das comunidades, salientou que não vê “que a SDEA faça grande falta neste processo. Acho que o Governo Regional tem toda a dinâmica para o fazer”, disse, elogiando a implementação recente do Conselho da Diáspora Açoriana, onde todos os eleitos “desenvolverão um trabalho muito profícuo em relação” aos emigrantes e “na sua aproximação” com os Açores, afiançando o Vice-Presidente que a prioridade do XIII Governo Regional passa por alavancar uma política de “diplomacia económica” com estes cidadãos.

“Não descurando a política da saudade, que deve ser mantida, enfatizada e cuidada”, é importante, e é até um pedido da diáspora, potenciar o “relacionamento económico” da Região com todas as suas comunidades residentes noutros países, disse, relembrando que no passado dia 10 de junho foi dado o último passo para a constituição do Conselho da Diáspora Açoriana, que visa assegurar a participação, a colaboração e a auscultação de todos aqueles que pretendem contribuir para o projeto de desenvolvimento dos Açores, salientando que para além dos 16 conselheiros em representação institucional, tomaram também posse os 19 conselheiros eleitos no passado dia 24 de maio, num processo eleitoral – “transparente e aberto”, vincou Artur Lima – que durou cinco dias e que foi realizado através da plataforma Açorianos no Mundo.

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