PSD/A acusa Governo de demitir-se do diálogo com o setor do leite na ilha Terceira

O PSD/A criticou hoje o executivo regional por se ter “demitido do diálogo conjunto com a indústria de lacticínios e as associações representativas do setor na Terceira”, afirmando o deputado António Almeida, que a atual situação dos lavradores terceirenses “é insustentável”.

Depois de visitar as associações agrícola e de jovens agricultores da Ilha Terceira, o social democrata confirmou assim as razões que sustentaram a apresentação, no parlamento regional, em janeiro, de uma declaração política denunciando a total ausência do Secretário Regional da Agricultura “num momento muito delicado para a lavoura local”, disse.

“O pagamento de penalizações aos produtores de leite da Terceira, por excesso de produção relativamente a 2015, nas entregas em 2018, merece a preocupação de todos, pois traduz-se numa injustiça para quem produziu e contribuiu para a economia da ilha e da Região. E possibilitou a produção de lácteos, até com o incremento de novas linhas de produtos em 2018”, refere António Almeida.

No caso da Terceira, diz o deputado, “onde a indústria não dá sinais de querer mais leite, a Secretaria da Agricultura disse que era preciso acabar com os limites à produção colocados pela indústria. Mas agora assiste, serena, às penalizações anunciadas e que os produtores terão de pagar”, critica o social democrata.

“O Secretário de Agricultura lamenta a situação dos produtores da Terceira, diz que é uma decisão da indústria de que o governo discorda, mas nada faz”, afirma.

O deputado do PSD/Açores sublinha mesmo que, “se é o governo que tem os instrumentos financeiros, se é quem apoia ou retira apoios às indústrias e aos produtores, é também o governo que tem a obrigação de ser “árbitro” em situações de conflito e de injustiça, ainda mais numa fileira tão importante como a dos lacticínios”, defende.

A melhoria do rendimento dos lavradores da Terceira “passa por um pacto nacional com os donos da Pronicol, e pela garantia da produção de outros produtos lácteos de maior valor comercial e margem, em vez de leite em pó”, refere António Almeida, para quem “os apoios públicos devem comprometer a indústria a remunerar de forma justa os produtores de leite, conclui.

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