PSD denuncia “crise grave no sector leiteiro” de São Jorge

lavouraO PSD/Açores denunciou hoje “o estado contínuo de crise que atravessa o sector leiteiro da ilha de São Jorge”, referindo que “o pagamento do leite aos produtores mantém atrasos significativos, com as consequências daí decorrentes a espelharem bem que as opções tomadas não foram as correctas”, disse o deputado Mark Marques.
Num comunicado onde considera que “existe um diálogo de surdos, em os agricultores acarretam com os prejuízos”, o partido lembra que “o governo regional socialista conduziu as cooperativas da ilha ao seu encerramento, optando por uma nova organização, mas sem nunca apresentar um estudo, fundamentos ou razões, que indicassem ser essa direcção a mais correcta”, concretiza o parlamentar laranja.
O social-democrata recorda “o dia das inaugurações das três unidades fabris – Beira, Lourais e Topo-, com os discursos do actual governo regional, criticando os anteriores executivos e prometendo uma nova realidade. Uma realidade em que os produtores de leite passariam a receber o rendimento do seu produto atempadamente, porque a agricultura de hoje não se compadece com atrasos, pois todos têm os seus compromissos e são vários os factores de produção. Mas o governo simplesmente falhou”, assegura.
 
“Os agricultores continuam a não receber atempadamente o pagamento do leite entregue nas fábricas. E, em São Jorge, não tiveram a possibilidade de escolher a forma de organização comercial, ficando nas suas cooperativas, por imposição de condições, que os levou a aderir à solução que o governo regional sempre quis e entendeu levar avante”, diz Mark Marques.
 
“Os dirigentes associativos dizem que o atraso é pouco, o governo diz que tem tudo em dia e que não existem atrasos, e os agricultores dizem que o pagamento do leite, fruto do seu trabalho, está em atraso. Sinais claros que de algo corre mal com o sector agrícola  em São Jorge”, afirma.
 
“Quem não se lembra do famoso fundo de maneio de 5 milhões de euros injectado no sector cooperativo leiteiro de São Jorge, que serviu durante uma década para fazer campanha eleitoral e condicionar os associados das diversas cooperativas no funcionamento por freguesia, com o argumento de que teriam de juntar tudo numa única unidade fabril”, questiona o deputado.
 
“Os vários secretários regionais da agricultura venderam, durante a última década, a ideia de que o sector cooperativo de São Jorge teria de acabar, e que se deveria concentrar tudo. E a triste verdade é que agora não podemos voltar atrás. Chegou a hora do governo regional se chegar à frente e de explicar o que é que correu mal neste projecto impingido aos jorgenses”, acrescenta.
 
Para Mark Marques, “a tutela tem de assumir as suas responsabilidades e arcar com as consequências desta situação. Tem de fazer com que o principal sector da economia da ilha ganhe consistência e com que os produtores de leite voltem a receber atempadamente o fruto do seu trabalho. Afinal, foi este governo que amarrou as cooperativas de São Jorge ao ultimato de concordarem com o projecto de concentração para não serem excluídas dos apoios”, concluiu.

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