“O PSD mostra-se, desde já, aberto para se atingirem acordos de regime tendentes à diminuição do número de políticos a tempo inteiro, assegurando a proporcionalidade e a representatividade, sem esquecer a realidade de ilha”, refere o texto da moção, citado à Lusa por fonte partidária.
A moção global de estratégia será apresentada publicamente por Berta Cabral na segunda-feira, em Ponta Delgada, quando formalizar a recandidatura à liderança regional do partido.
Berta Cabral será a única candidata ao cargo de presidente da Comissão Política Regional do PSD/Açores nas eleições diretas que se realizam a 16 março, nas quais os cerca de 10 mil militantes com direito a voto, segundo dados do partido, vão também eleger os delegados ao 19.º Congresso do PSD/Açores, que decorre entre 13 e 15 de abril, no Coliseu Micaelense.
A moção que vai apresentar aos congressistas assegura que, se o PSD vencer as eleições regionais de outubro, formará “um governo muito mais pequeno, mais eficiente e mais articulado”, defendendo ser possível “gastar muito menos recursos financeiros com a máquina governativa sem prejuízo de eficácia”.
O documento salienta que “a reforma do sistema eleitoral e da arquitetura da autonomia obriga a acordos de regime”, manifestando, por isso, a abertura dos social-democratas para que esses entendimentos possam ser alcançados.
Nesta moção de estratégia, Berta Cabral retoma a ideia de que está a terminar o segundo ciclo da autonomia política e governativa dos Açores, defendendo que, após 16 anos de governos socialistas na região, “está na hora do terceiro ciclo político”, que será, na sua perspetiva, marcado pelo regresso dos social-democratas ao poder no arquipélago.
“Os açorianos já provaram que sabem mudar e interpretar os ciclos políticos”, refere o documento, acrescentando que “é o PSD/Açores quem oferece garantias de uma mudança segura e consequente”.
A moção global de estratégia subscrita por Berta Cabral defende ainda que os Açores se devem assumir como “região económica”, propondo uma “governação virada para a sustentabilidade e para a criação de riqueza e de emprego”.
Lusa
