Os hotéis dos Açores foram os que tiveram maior quebra no número de dormidas entre janeiro e maio tendo sido fortemente influenciados pelo diminuição das dormidas dos portugueses.
Os hotéis nacionais acolheram 4,8 milhões de hóspedes entre janeiro e maio de 2012, menos 2,9 por cento do que no período homólogo, uma quebra acentuada pela fraca procura dos portugueses que caiu quase 12 por cento nestes meses.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que o resultado só não foi mais negativo graças à procura dos turistas estrangeiros, que teve uma subida de 2,4 por cento, face ao período homólogo.
Só em maio, os estabelecimentos hoteleiros alojaram 1,3 milhões de turistas (menos 1,9 por cento do que no mesmo mês de 2011) e registaram 3,5 milhões de dormidas (menos 0,9 por cento do que no mês homólogo).
O mercado brasileiro destacou-se pela positiva em maio, com um crescimento de 41 por cento nas dormidas, enquanto o número de turistas provenientes de Itália e Espanha decresceu 12,3 e 10,5 por cento, respetivamente.
O INE salienta que a evolução do mercado espanhol e britânico, que representam cerca de 30 por cento das dormidas de não residentes, se mantém negativa há vários meses consecutivos.
As dormidas de residentes nacionais diminuíram 10,4 por cento em maio, em termos homólogos.
A região de Lisboa foi a única que registou um crescimento nas dormidas (9,3 por cento).
Os Açores e a região Centro tiveram os resultados mais negativos (-10,6 e -10,4 por cento, respetivamente), fortemente influenciados pelo diminuição das dormidas dos portugueses.
Em termos do tipo de estabelecimento hoteleiro, as pousadas e os apartamentos turísticos foram os mais penalizados, com reduções homólogas de 14,5 e 11 por cento, respetivamente.
Os aldeamentos turísticos, pelo contrário, registaram uma melhoria de 4,8 por cento, bem como os hotéis, que cresceram 2,7 por cento, com o contributo de todas as categorias, exceto a de três estrelas.
Os proveitos totais no mês de maio atingiram 172,9 milhões de euros em maio (-2 por cento do que maio de 2011) e os de aposento chegaram aos 114,1 milhões (-3,2 por cento).
Os Açores foram a única região a apresentar resultados positivos em termos de proveitos, já que em Lisboa se observou uma diminuição homóloga, apesar do crescimento do número de hóspedes e de dormidas, que o INE justifica com as campanhas de preços promocionais.