Queijo DOP do Pico abandonado à “inércia pura”

O queijo de Denominação de Origem Protegida (DOP) do Pico está “abandonado à inércia” dos serviços agrários da ilha, acusa o empresário e proprietário das fábricas picoenses que produzem o queijo de São João e de ilha, Rui Amaral, que quer retomar o processo.
“Há uma inércia dos Serviços, que não se interessam por movimentar o queijo do Pico. É inércia das pessoas em não avançar. Numa altura de crise destas, o queijo DOP devia já estar pronto e não há nada. Há dificuldades nas análises do queijo e muita demora, bem como muita contradição na lei”, queixa-se o empresário do sector dos lacticínios.
Rui Amaral explica o que quer dizer com “contradição na lei”. “O queijo DOP do Pico tem de ser analisado com 21 dias. Recolhem-se as análises, mandam-se para São Miguel – o que demora mais 21 dias- e o produto só é vendido passados dois meses, quando já perdeu toda a essência do queijo DOP do Pico”, revela.
O empresário afirma não estar na condição de afirmar se existem interesses políticos no processo, no sentido da LACTOPICO continuar a ter leite para produzir.
Actualmente, garante Rui Amaral, o processo de produção do queijo DOP do Pico está paralisado.
“Vamos submeter um projecto ao PRORURAL e o objectivo é que a fábrica de São João retome o processo”, adianta, afirmando que, se isso acontecer, talvez seja possível “aumentar ainda mais o leite aos produtores”.
Rui Amaral, para além de não baixar o preço do leite ao produtor, adianta esperar que a LACTOPICO siga o exemplo.

 

in DiarioInsular Online

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