Vereador do CDS-PP Açores na Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e Presidente Regional dos centristas, Artur Lima, anunciou, esta sexta-feira, que “a primeira medida que proporá na Câmara Municipal de Angra, após tomar posse, é a realização de um referendo local para auscultar os Angrenses sobre se querem ou não querem um cais de cruzeiros” no Porto das Pipas.
Em declarações à imprensa, Artur Lima salientou que “a realização de referendos locais é uma das competências da Câmara Municipal”, pelo que irá propor a realização de um porque, reforçou, “os Angrenses têm que se pronunciar para poderem dizer ao Senhor Presidente do Governo se querem ou não querem um cais de cruzeiros”.
Segundo o vereador eleito para a edilidade angrense, “o CDS-PP defende que os investimentos públicos devem ter uma relação custo/eficiência e, sobretudo, estes investimentos devem ser feitos com sustentabilidade e com razoabilidade”.
Artur Lima lamenta que “o que aqui se passa é uma decisão unilateral do Senhor Presidente do Governo que diz que vai construir um cais de cruzeiros em Angra, contra o parecer do Conselho de Ilha que apela à realização de estudos de localização (se em Angra, se na Praia) e assistimos ainda ao silêncio dos dois autarcas do PS da ilha Terceira”.
Por isso, advoga, “os angrenses têm que ser auscultados, porque ninguém diz quanto é que custa este investimento, nem ninguém diz quais são os impactos deste investimento. Contra tomadas de posição unilaterais só se pode dar o poder ao povo para que ele se pronuncie, porque já chega do PS estragar a Baía de Angra: investiram 4 ou 5 milhões no Porto das Pipas; é o que se vê – um elefante preto sem utilidade, sem movimento e o que tem é mau e a marina é o que se está a ver… Julgo que os Angrenses não podem deixar que se façam certas vontades, nomeadamente deixar fazer um cais de cruzeiros sem quaisquer estudos, sem quaisquer estimativas de valores e sem se saber quais são os benefícios que Angra vai tirar deste cais de cruzeiros”.
Lima lembrou que, no ano passado, “passaram mais de 40 cruzeiros nos Açores”, mas que “só seis vieram à Terceira”, pelo que se interroga: “Que viabilidade tem um cais de cruzeiros em Angra? Não haverá outras necessidades de investimento na Ilha Terceira e em Angra? Julgo que é a esta pergunta que os Angrenses têm que responder”, finalizou
