Regata de jangadas feitas de materiais reciclávei​s nos Açores alerta para lixo no mar

Quatro jangadas construídas com materiais recicláveis vão tentar fazer a travessia entre as ilhas do Pico e do Faial, nos Açores, no sábado, para sensibilizar a população para não deitar lixo ao mar.
A iniciativa, organizada pela Associação de Produtores de Espécies Demersais dos Açores (APEDA), pretende mostrar que “nada se perde, tudo se transforma” e que os materiais que diariamente são colocados no lixo podem ter, afinal, muita utilidade.
“O objetivo é sensibilizar as pessoas para a importância da reciclagem e da reutilização do lixo e mostrar aos jovens que é possível dar utilidade a materiais que as pessoas deitam fora e que, por sua vez, acabam por ir parar ao mar”, explicou Raquel Martins, uma das organizadoras do projeto.
Esta campanha de sensibilização vai estender-se aos próprios pescadores, que são, por vezes, acusados de poluir o mar, embora Raquel Martins entenda que, neste campo, já se verificam “progressos positivos”.
Este ano vão participar nesta travessia do canal quatro barcos, em representação das ilhas do Faial, Pico e São Jorge, construídos com materiais como garrafas de plástico e de vidro, paletes, canas de bambu, bidões, chapas metálicas e até peças de bicicletas.
As embarcações (duas construídas por alunos de escolas profissionais) terão de percorrer uma distância de cerca de 4,5 milhas náuticas, entre os ilhéus da Madalena, na ilha do Pico, e o porto da Horta, na ilha do Faial.
“Os prémios são apenas simbólicos”, explicou Raquel Martins, adiantando que “todos eles” serão “vencedores” se conseguirem chegar ao fim, independentemente de quem for o mais rápido, dada a dificuldade da prova.
Ainda assim, estão previstos prémios para o primeiro a chegar, a melhor embarcação e ‘fair-play’, diplomas de participação para todos e um jantar que será servido aos participantes no final da travessia.
“Queremos com isto mostrar que o mar pode ser o futuro”, sublinhou Raquel Martins, que lamenta que as atividades marítimas continuem afastadas dos currículos escolares.

 

Lusa

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