“Se, no âmbito da União Europeia, os Açores estão objetivamente descentrados – ultraperiféricos -, em termos globais, a nossa perspetiva deve ser outra. O oceano Atlântico separa a norte dois continentes e os Açores apresentam-se como um ponto natural de união. No plano económico, ocupamos um espaço que deve ser promovido na vertente das acessibilidades e de exploração de produtos naturais ou de alto valor acrescentado, salvaguardados os interesses ambientais”, refere o Programa de Governo.
O novo executivo açoriano, formado por PSD, CDS e PPM, advoga que “é preciso afirmar, cada vez mais, a região na Europa”.
E concretiza: “Um dos principais objetivos da participação dos Açores no sistema internacional é assegurar a promoção do seu desenvolvimento económico, social e cultural e a participação nas políticas de sustentabilidade ambiental promovidas pelas organizações internacionais das quais Portugal faz parte. Isto através da participação na determinação e condução da política externa portuguesa e da cooperação com entidades externas com as quais a região identifique a vontade de promoção de um interesse comum”.
O Governo Regional diz ainda ser “essencial valorizar a dimensão geoestratégica açoriana”, sendo que “para que isso aconteça é indispensável lançar um vasto programa plural, multi-institucional, envolvendo instituições públicas, privados, associativas e investigadores individuais, de estudo do espaço geoestratégico dos Açores com profundidade histórica e com uma visão orientada para o pensamento prospetivo”.
O Programa do XIII Governo dos Açores foi hoje entregue na Assembleia Legislativa da região e será discutido e votado na próxima semana.
Lusa