Regionais serão “muito difíceis” e “bipolarizadas” nos Açores

O líder do CDS/Açores prevê que as regionais sejam “eleições muito difíceis” e “muito bipolarizadas” entre PS e PSD e elegeu como “adversários” os socialistas, os sociais-democratas e a comunicação social.

“Vamos ter eleições muito bipolarizadas e isso não é bom para o CDS”, afirmou Artur Lima, no encerramento das jornadas parlamentares democratas-cristãs em Ponta Delgada, nos Açores, deixando apelos “de prevenção” sobretudo aos órgãos públicos.

Segundo o líder do CDS/Açores, serão “eleições muito difíceis” porque “se prevê um enfraquecimento do Partido Socialista e um crescimento do Partido Social-Democrata”.

“O CDS tem dois adversários perfeitamente identificados, que é o Partido Socialista e o Partido Social-Democrata. São os dois nossos adversários, mas, infelizmente temos um outro potencial adversário, que eu venho detetando, que é a comunicação social, alguma comunicação social escrita e também falada”, declarou.

Artur Lima apelou à comunicação social para que honre “a sua profissão” e que faça “um jornalismo com ética e com isenção”.

“Na minha profissão, na nossa profissão, na saúde, nós apostamos muito na prevenção, e é esse apelo de prevenção que eu faço à comunicação social, sobretudo pública, dos Açores, que não tomem partido, não tomem partidos, nem decidam quem é que vai ganhar as eleições”, disse.

O líder dos democratas-cristãos nos Açores sublinhou que “quem decide quem vai ganhar as eleições e os votos que vão ter, ainda são os açorianos em democracia”, tendo sido interrompido por aplausos.

Na sua intervenção, Artur Lima lembrou que “a coesão social interna era o grande espírito da Autonomia” e o seu “grande objetivo”.

“Com muita tristeza minha devo dizer que a Autonomia dos Açores colapsou”, afirmou.

Segundo o presidente do CDS/Açores, “não é mais possível manter este desenvolvimento em que PS e PSD têm responsabilidade partilhada 20/16, 20 anos do PSD, 16 do PS”.

“Ao fim de 36 anos, compreendemos que temos os transportes aéreos inter-ilhas mais caros do mundo, que temos um sistema de saúde ineficiente, que os açorianos não têm todos a mesma oportunidade de acesso ao serviço regional de saúde, que não podem sair dos Açores em igualdade de circunstâncias, que não podem sequer viajar dentro dos Açores em igualdade de circunstâncias”, argumentou.

Para Artur Lima, “o sistema falhou totalmente na sua solidariedade social, na sua coesão interna, na sua coesão territorial”.

 

Lusa

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