O projeto de fusão das seguradoras Tranquilidade, Açoreana, Logo e T-Vida, que dará origem à segunda maior seguradora não vida em Portugal, foi apresentado na terça-feira para registo na Conservatória do Registo Comercial, foi hoje anunciado.
Em comunicado, as seguradoras envolvidas adiantam que o processo de fusão “está também a seguir os trâmites legais junto da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).
“É um passo no processo de consolidação no mercado, na sequência da conclusão da aquisição da Açoreana a 05 de agosto passado, com vista a criar condições para assumir um papel de liderança no setor”, referem, acrescentando que “a fusão legal traz um ganho de dimensão e de escala” e “vai reforçar a oferta de produtos e serviços para clientes e parceiros de distribuição (corretores e agentes)”.
Adicionalmente, lê-se no comunicado, “esta operação permitirá uma gestão de capital mais adequada e uma harmonização do modelo de governo e dos mecanismos de controlo”, não tendo, “em termos práticos, qualquer impacto nos clientes das quatro seguradoras”, que “continuam a operar como até aqui”.
A conclusão da compra da Açoreana Seguros, que pertencia ao Banif, pela Tranquilidade foi anunciada em 05 de agosto, estando na altura já reunidas as aprovações de todas as entidades reguladoras.
“As duas seguradoras são dois ativos de forte valor que, atuando de forma conjunta, reforçam a sua posição no mercado, totalizando quase 1,4 milhões de clientes e mais de 2,2 milhões de apólices sob gestão”, referia o comunicado conjunto então enviado.
A Açoreana pertencia ao grupo Banif e, com a resolução em dezembro do ano passado, o Estado ficou com a parte da seguradora que era do banco (47,7%), tendo sido integrada na sociedade pública Oitante. O restante capital (52,3%) é da Soil SGPS, sociedade dos herdeiros de Horácio Roque, que foi o fundador do Banif em 1988.
Já a companhia de seguros Tranquilidade era do grupo BES e foi comprada em 2015 pelo fundo norte-americano Apollo.
Lusa