Reposta operacionalidade do Porto das Lajes das Flores após furacão Lorenzo

Foto de Arquivo

A operacionalidade do Porto das Lajes das Flores, destruído na sequência da passagem do furacão Lorenzo, em 2019, foi hoje “reposta” com “a primeira atracação” do navio “Monte da Guia” na nova ponte-cais, revelou hoje a Portos dos Açores.

O molhe do porto das Flores, o único porto comercial da ilha, ficou destruído na sequência da passagem do furacão Lorenzo, em outubro de 2019, originando constrangimentos no abastecimento à população.

“Com a operacionalização da ponte-cais, mantendo-se sempre especial atenção às condições oceano-meteorológicas locais, o porto das Lajes das Flores volta a poder operar, com segurança, navios de comprimento até 130 metros e com calado até 6,5 metros”, informa a Portos dos Açores, num comunicado enviado às redações.

A empresa adianta que “atracou hoje, pela primeira vez”, o navio da Transinsular, o “Monte da Guia”, no lado sul da ponte-cais, o que “repõe e garante os padrões de funcionamento portuário anteriormente existentes, minimizando muito os riscos desta operação”.

Segundo a empresa responsável pela gestão portuária na região, “estão reunidas as condições para realizar operações mais eficientes e seguras” no porto das Lajes das Flores, ainda que “continuem sujeitas a articulação com as restantes empreitadas” que decorrem e “condicionadas” às condições meteorológicas.

A empresa açoriana explica que a conclusão da nova ponte-cais consiste “numa fase intermédia” da empreitada de construção do novo molhe principal do porto, que tem “elevada complexidade técnica e permanente exposição às desafiantes” condições atmosféricas.

De acordo com a empresa, o projeto do porto para repor “definitivamente” a capacidade portuária da infraestrutura das Lajes das Flores “tem previsão de lançamento de procedimento concursal no primeiro trimestre de 2023” e a obra deverá ficar concluída “até final de 2028”.

A Portos dos Açores recorda que, na sequência da passagem do furacão Lorenzo, em 01 e 02 de outubro de 2019, a ilha das Flores, “ficou gravemente afetada na sua capacidade portuária e sustentação logística”.

Por esse motivo, ficou também “condicionado todo o grupo ocidental” (Flores e Corvo), na sequência da destruição do molhe, cais aderente, edifício logístico, pavimento do terrapleno e equipamento portuário, acrescenta.

Numa fase inicial, e para garantir “o indispensável funcionamento do porto e reabastecimento de emergência à comunidade local, embora com a operacionalidade muito limitada”, a Portos dos Açores, em articulação com as autoridades locais, assegurou de “imediato um conjunto de trabalhos de emergência” na infraestrutura portuária, o que permitiu “atracações, movimentos e sustentação logística portuária”, refere ainda.

Em julho, o Governo dos Açores indicou que o projeto de reordenamento e de construção do novo molhe principal do porto das Lajes das Flores permitirá triplicar a capacidade de acostagem e assegurar novas condições de operacionalidade.

Na apresentação do novo molhe principal do porto das Flores à população, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, sublinhou, na ocasião, que se trata da “obra mais importante deste Governo”.

Segundo o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), o projeto de reordenamento do porto e de construção do novo molhe “permitirá praticamente triplicar a capacidade de acostagem”.

Vai ainda garantir “novas e melhoradas condições de operacionalidade e um incremento substancial na capacidade de resposta de toda a infraestrutura portuária”.

 

 

Lusa

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