Representante da República para os Açores alerta para alterações climáticas

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O representante da República para os Açores, Pedro Catarino, considerou hoje, na sua mensagem de Ano Novo, que não se pode “fechar os olhos” às alterações climáticas e que as consequências vão ser “dramáticas” se nada for feito.

“Os Açores, com as suas nove ilhas, no meio do Oceano Atlântico, estão particularmente sujeitos às alterações climáticas, fruto do aquecimento global. A subida do nível das águas do mar e os fenómenos climáticos extremos ameaçam a região e quem nela vive. É uma situação a que não podemos fechar os olhos e a que não podemos fugir. As suas consequências, se nada fizermos, serão progressivamente dramáticas”, refere Pedro Catarino na mensagem a que a Lusa teve acesso.

Para o representante da República para os Açores, o problema “é global e exige uma resposta global”, de “todos, e de cada um, sem exceção, e de todos juntos”, sendo uma “responsabilidade coletiva e individual, dos governantes e dos governados”.

“Mas precisamos de ações, não de boas intenções e de discursos. Temos de inverter uma situação que põe em perigo as condições de vida de toda a Humanidade. São os cientistas que o dizem e que o provam através da verificação de factos, visíveis e alarmantes. Indesmentíveis”, alerta.

Pedro Catarino afirma que os hábitos e estilo de vida “têm que mudar”, sendo que o “consumo excessivo, o desperdício, a falta de cuidado e de disciplina, o desmazelo, têm que dar lugar a uma atitude responsável, consciente e coerente”.

Isto, “com uma firme e constante vontade de tornar o planeta mais saudável e, ao mesmo tempo, mais agradável e mais amigável”.

O responsável político considera que há que “ajudar a formar a consciência dos jovens, desde crianças, de que o problema é de todos e que todos têm um papel que devem assumir, responsável e solidariamente”.

Pedro Catarino considera que é preciso “dar a contribuição, por mais pequena que seja, para ajudar a evitar uma espiral irreversível e uma catástrofe mais e mais iminente”.

“Não nos podemos resignar e continuarmos com os mesmos comportamentos, a pouco mudar, condenando-nos a nós e às gerações futuras, aos nossos netos e bisnetos, que são o nosso prolongamento na Terra. Pior do que a resignação será a apatia e, ainda pior, a indiferença, porque sintomática de uma falta de autoestima e de ambição, de confiança em nós próprios”, refere o responsável político.

De acordo com Pedro Catarino­, a “indiferença corresponde, de igual modo, a uma atitude pessimista e derrotista, inibidora das capacidades, de uma participação na vida pública e da influência nas instituições políticas como cidadãos”, conduzindo “a uma vida sem perspetivas, sem animação e sem horizontes, sem progresso, sem avanços, sem futuro”.

Pedro Catarino quer que os açorianos “procurem dar o exemplo de um comportamento irrepreensível que contribua para a proteção e preservação da natureza e do seu equilíbrio, de modo a que os Açores possam continuar a ser uma terra de eleição, um lugar de esperança”.

O representante da República para os Açores recorda que os Açores foram designados como um dos 130 “hope spots” (lugares de esperança) a nível mundial pela organização internacional ambientalista Mission Blue, “em reconhecimento do seu contributo para a salvaguarda da riqueza e diversidade do seu ecossistema”.

Pedro Catarino apelou ainda à “participação democrática dos cidadãos nos atos da vida coletiva” em vésperas de eleições legislativas nacionais, através do voto, bem como à vacinação contra a covid-19.

 

Lusa

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