Reunião entre SATA e sindicatos termina sem acordo apesar de “alguns passos”

A reunião entre sindicatos e administração SATA de hoje terminou sem acordo, mas foram dados “alguns passos”, voltando as duas partes a sentar-se à mesa das negociações na sexta-feira, em Lisboa.
As informações foram dadas aos jornalistas, em Ponta Delgada, por Jaime Prieto, porta-voz da plataforma de sindicatos da aviação que convocou greves nas últimas semanas na SATA.
A plataforma de cinco sindicatos convocou greves na SATA entre 22 e 25 de abril e 02 e 04 de maio pela não aplicação na companhia açoriana de um acordo conseguido na TAP com vista a evitar cortes salariais entre 3,5% e 10% previstos no Orçamento do Estado.
O Governo Regional dos Açores, que tutela a empresa, diz que o acordo não é aplicável na SATA porque violaria o Orçamento do Estado.
“Nós não consideramos que tenham existido falhas nesta reunião. Consideramos que o processo está a evoluir mas ainda carece de matéria de facto para se encontrar uma solução final, esperando-se que sexta-feira se dê mais um avanço nesse caminho”, declarou Jaime Prieto.
O sindicalista afirma que a plataforma está a trabalhar no sentido de se resolver esta “situação desconfortável” que refere não ter sido criada pelos trabalhadores da SATA.
“Queremos que no final de isto tudo não haja uma discriminação dos trabalhadores açorianos em relação aos colegas continentais”, afirmou o porta-voz da plataforma.
Jaime Prieto disse que a plataforma “não está disposta” a aceitar uma discriminação negativa dos açorianos e reitera que o acionista (Governo dos Açores” deve procurar os seus “pontos de conforto”.
O presidente do conselho de administração da SATA, Gomes de Menezes, reafirmou hoje que o grupo continua disponível a trabalhar com os sindicatos no sentido de “encontrar um entendimento”, pela “via legal” e “sustentável”.
“Hoje, de parte a parte assistiu-se à identificação de um conjunto de medidas de produtividade e flexibilidade, o que é positivo, porque, de facto, houve um exercício de identificação de possíveis medidas que agora vão ser quantificada com a celeridade possível, tendo em conta que são complexas, para fechar um acordo o quanto antes”, referiu Gomes de Menezes.
O presidente da SATA considera que há já um “princípio de convergência” em matéria de sustentabilidade e remunerações entre ambas as partes.
“Obviamente que, pelo máximo respeito que nós temos pelos parceiros sociais, pelos sindicatos e principalmente pelos nossos passageiros, queremos um acordo para que a SATA possa laborar contando com todos os trabalhadores no sentido de garantir a mobilidade e a sustentabilidade”, conclui o presidente do conselho de administração.

 

Lusa

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