Sanjoaninas com vasto programa cultural

Pintura, gravura, fotografia e arte digital são algumas das áreas do programa de exposições das Festas Sanjoaninas da Ilha Terceira, que reúne cerca de duas dezenas de artistas locais e do continente, anunciou esta terça-feira a organização.

Uma mostra de gravuras de José Pedro Croft, intitulada ‘21 Projectos do Século XXI’, uma mostra colectiva de fotografia denominada ‘Sol’ e a exposição de escultura de Ricardo Lalanda ‘David – 1501-1504 / 2006-2009’ são algumas das iniciativas previstas no programa.

 

As exposições de fotografia, que são variadas, vão desde Jorge Barros ao fotógrafo local Paulo Garrão, que expõe ‘Água Dura Pedra Mole’, incluindo ainda ‘3 fotógrafos 3 histórias’, uma colectiva de fotógrafos locais.

 

A pintura abstracta de José Dominguez, patente na mostra ‘Os Astros entre nós’ no Museu de Angra do Heroísmo, a ‘Colectiva de Mail Art’ ou as ‘Aguarelas – tauromaquia’, de Jorge Alexandre, são outras variantes do cartaz de exposição das festas.

 

Será ainda possível observar uma escultura/instalação denominada ‘Escritório Pós Moderno’, de Dimas Simas Lopes, além das mostras intituladas ‘Galas Militares – coberturas de cabeça do Exército Português’, ‘E o aço mudou o mundo… Uma Bateria de Artilharia Schneider-Canet nos Açores’, ‘Reserva visitável de transportes de tracção animal dos séculos XVIII e XIX’ e ‘Reserva visitável de espécies em pedra’.

 

A presidente da Câmara de Angra do Heroísmo, Andreia Cardoso, sublinhou, na apresentação do programa, que “a escolha das exposições para as Sanjoaninas é cada vez mais um trabalho de enorme exigência”.

 

A autarca justificou essa exigência, mas também o “desafio” pelo facto de, “ao longo do ano, serem organizadas muitas e variadas exposições com elevada qualidade”.

 

Andreia Cardoso salientou que “tem sido feito um trabalho de sensibilização junto das crianças em idade escolar para a importância da arte”, como forma de, “no futuro, haver mais artistas mas também mais espectadores interessados”.

 

No mesmo sentido, Pedro Cota, responsável pelo programa de exposições na comissão das festas, considerou que “a fraca afluência de público nas diversas iniciativas culturais e artísticas se deve a uma questão de educação e formação”.

 

Por esse motivo, salientou que se “decidiu organizar um leque variado de exposições durante as festas, disponibilizando aos visitantes “um horário superior a 12 horas para visitar as diversas iniciativas”.

 

A organização realçou “a elevada participação de criadores açorianos, nomeadamente terceirenses”, que encontram nestas festas “uma importante oportunidade de divulgarem conteúdos da sua autoria, alguns deles com elevada qualidade”.

 

As festas de S. João de Angra do Heroísmo, orçadas em cerca de 1,5 milhões de euros, vão decorrer de 19 a 28 de Junho.

 

A organização pretende assinalar o dia mais longo do ano – 21 de Junho – celebrando festividades pagãs que foram substituídas por outras associadas a S. João Baptista depois da cristianização da Europa.

 

 

 

Lusa

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