SATA volta a deixar em terra tonelada e meia de peixe nas Flores

O Deputado do CDS-PP Açores, Paulo Rosa, voltou, esta terça-feira, em Comunicado, a criticar a política de transporte de carga seguida pela SATA e “a surdez manifestada pelo Executivo Regional nesta matéria”.

 

Em causa, segundo explica, o facto de “na passada sexta-feira haver tonelada e meia de pescado para exportação retido nas Flores, pescado esse que com três dias, e algum dele quatro, após a captura”.

Paulo Rosa lembra que “dadas as já crónicas dificuldades de escoamento, aliás por nós denunciadas no pretérito mês de Novembro, os três compradores/exportadores da ilha não têm comprado peixe nesses dias”.

 

Entretanto, “a SATA assegurou que todo o pescado existente seria escoado até Domingo passado, ficando assim o pescado com cerca de uma semana de terminal”.

 

Ora, o parlamentar do CDS-PP eleito pela Ilha das Flores, afirma que “a SATA, tarifas e taxas à parte, presta um serviço inestimável à Região e aos Açorianos” e que “os funcionários da SATA no terminal de carga da Ilha das Flores têm sido inexcedíveis na tentativa de resolução deste problema que se agudiza sempre que o Natal se aproxima, pois sabem que o pescado atinge nesta época valores muito elevados e que o seu escoamento é vital para o tecido económico da ilha”.

 

Todavia, lamenta, “a SATA tem assegurado esta valência, mas é uma empresa vocacionada para o transporte de passageiros. Não se lhes pode exigir tudo”.  

 

“Garrote económico” 

Ora, para o Deputado Regional centrista “a insistência nesta fórmula, leva à inevitável asfixia económica das ilhas da coesão, pois o valor de mercado do pescado desce abruptamente a cada dia que este fica retido e perde, inevitavelmente, qualidade, o que contribui para o empobrecimento da vitalidade económica destas ilhas”.

 

“Este garrote económico não é mais do que fruto da insistência promovida pelo nosso Governo numa política de transporte de carga que está errada, funciona episodicamente mas falha sempre e inevitavelmente nos momentos em que não deveria falhar. É uma política remendada, de sobressaltos e que tenta ajustar-se, claudicando sempre que seria desejável que funcionasse”, lamenta.

 

Por estas razões, Paulo Rosa reforça que o Grupo Parlamentar do CDS-PP vai advogar “no plenário de Março da Assembleia Legislativa da Região (que é o momento em que a agenda parlamentar o permite) a defesa duma política de transportes diferente, que passa pela aquisição pela Região de um cargueiro de pequenas dimensões que assegure esta valência, libertando a SATA desse ónus para que se possa centrar naquela que é a sua verdadeira vocação”.

 

Isto porque, salienta, “a surdez manifestada pelo Executivo Regional nesta matéria demonstra lamentavelmente que o epíteto de ilhas da coesão, o desígnio de redução de assimetrias internas e o combate à desertificação, mais não são do que conceitos demagógicos e eleitoralistas, pois não correspondem minimamente à realidade das práticas governativas”.

 

Por fim, o parlamentar democrata-cristão acentua que “mais uma vez há um oceano de diferença entre as palavras e as acções, tornando as ilhas pequenas cada vez mais pequenas e distantes, estrangulando as economias já de si débeis e limitadas, impedindo-as de concorrer no segmento da qualidade, o que levará mais cedo ou mais tarde à sua inevitável extinção”.     

 

 

In Nota Informativa do Gabinete de Impreensa do Grupo Parlamentar CDS-PP / Açores

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