Sérgio Ávila alerta empresas açorianas para a necessidad​e de serem mais competitiv​as

 

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O Vice-Presidente do Governo dos Açores alertou os agentes económicos para a mudança de paradigma no que respeita aos apoios ao setor produtivo regional, no âmbito do aproveitamento dos fundos do próximo quadro comunitário 2014-2020.

Sérgio Ávila, que falava esta quinta-feira, em Ponta Delgada, à margem do lançamento da edição deste ano da revista “As Cem Maiores Empresas dos Açores”, editada pelo jornal Açoriano Oriental, frisou que embora os fundos tenham sido reforçados, é necessário aplicá-los da forma mais eficaz possível, para o que é preciso perceber que “os desafios que se colocam à estrutura produtiva regional, hoje, são completamente diferentes daqueles que se colocavam em 2007 e em 2000, pelo que não podemos replicar os sistemas que existiam de apoio às empresas.”

“Estamos perante o facto concreto: por um lado, a procura interna não irá crescer e, por outro, a concorrência irá aumentar substancialmente”, afirmou o governante, acrescentando que “isto quer dizer que as empresas têm de ser mais competitivas e têm deixar de produzir ou de vender exclusivamente para o mercado que está mais próximo e que é mais fácil”.

Para o Vice-Presidente do Governo Regional, é “essencial que os apoios públicos e as políticas públicas não sejam para manter artificialmente um nível de procura que já não existe e que permite às empresas manterem a sua estrutura produtiva, que já não satisfaz as necessidades.”

No lançamento da revista “As Cem Maiores Empresas dos Açores”, onde a EDA voltou a ser considerada, em 2012 a maior empresa dos Açores e a Galp Açores manteve-se como a melhor empresa na Região, o governante considerou que o apuramento feito pela revista fornece indicações muito concretas sobre onde assenta o futuro da estrutura produtiva regional.

Sérgio Ávila fez notar que o melhor gestor e o melhor projeto eleitos por aquela publicação são de setores produtivos de bens transacionáveis, o que o levou a frisar que “o nosso desafio, no futuro, tem de ser, necessariamente, ter a capacidade de produzir bens e serviços transacionáveis, ou seja, aqueles que possam ser comercializados em qualquer sítio”, reforçando com isso as exportações e reduzindo as importações. “As empresas que terão sucesso no futuro serão as que se adaptarem às regras da concorrência”, considerou o governante, sublinhando que, hoje, “qualquer bem ou serviço está à distância de um clique” e, portanto, serão bem sucedidos “aqueles que tiverem a capacidade de terem o melhor preço, a melhor qualidade, e poderem disponibilizar esse produto ou serviço em qualquer parte do mundo”, disse.

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