Escolas fechadas, serviços de atendimento ao público das autarquias encerrados, lixo por recolher, transportes aéreos e marítimos entre as ilhas condicionados e hospitais com serviços mínimos são alguns dos efeitos mais visíveis da greve geral nos Açores.
Os serviços mais afectados pela greve no arquipélago, e muitos encerrados, são no sector da saúde, escolas, autarquias (atendimento ao público e recolha de lixo), transporte aéreo e empresas como a Transmaçor, a Lotaçor e o sector bancário.
Francisco Pimentel referiu que “existem nos Açores muitos serviços encerrados, caso do Matadouro do Faial, assim como as delegações do Faial e das Velas (S. Jorge) da Caixa Geral de Depósitos, o mesmo se passando com a Escola Secundária Antero de Quental (Ponta Delgada), que tinha ao inicio da manhã as portas encerradas”.
“Para já, o balanço [da greve geral] é positivo nos Açores”, considerou Francisco Pimentel, frisando que as medidas decididas pelo Governo da República foram “anunciadas à queima roupa, sem respeito pelos princípios da concertação social”.
Por seu lado, o dirigente regional da CGTP, João Decq Mota, disse que “há um conjunto de escolas, creches e jardins de infância encerrados nos Açores”, indicando também “uma adesão de 93 por cento nos Bombeiros Voluntários da Madalena do Pico e no Tribunal da Horta, Faial, que tem a porta fechada ao público, o mesmo acontecendo com a Segurança Social na Terceira”.
Francisco Branco, do Sindicato dos Enfermeiros, disse à Lusa que “no turno da noite, a percentagem de adesão à greve foi de 77 por cento nas unidades de saúde dos Açores, com expressão máxima de 100 por cento no Hospital de Ponta Delgada”.
“Os serviços de consulta externa nos três hospitais dos Açores estão com funcionamento muito reduzido. Nos blocos operatórios só estão a ser asseguradas as urgências, não se realizando cirurgias programadas”, acrescentou, indicando ainda que “no turno da manhã, que termina às 16h00, há uma média geral de adesão à greve de 64 por cento”.
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