Os dois pré-avisos de greve, com efeitos a partir de 15 de abril, dizem respeito às horas extraordinárias e ao regime de deslocações e surgem, segundo o sindicato, na sequência da falta de resposta das autoridades regionais.
“O SIESI redobrou as insistências junto do Governo Regional, solicitando respostas e ações que reponham a justiça e a verdade”, refere um comunicado hoje divulgado pelo sindicato, acrescentando que “o silêncio é quase total, mas o imobilismo é confrangedor”.
A duração dos pré-avisos de greve é de 30 dias, mas o SIESI assegura que serão “renovados se a situação não se alterar”.
O sindicato considera ter argumentos “evidentes e claros” contra os cortes nos vencimentos na EDA, impostos pelo OE2012, frisando que a empresa “não depende do Orçamento de Estado, regista resultados positivos, são distribuídos dividendos aos acionistas e o dinheiro retirado aos trabalhadores fica na EDA e constitui-se em resultados”.
“Assim o entendemos até prova em contrário e a questão foi colocada, mas não teve resposta até esta data”, acrescenta o SIESI, frisando que “as medidas de cortes nos salários e outros direitos não se constituem como resolução para a crise”.
Para o sindicato, “os trabalhadores não podem estar a ser alvo de cortes e, subsequentemente, de um agravamento brutal nas suas condições de vida, sob um pretexto inexistente e, por isso, ilegítimo”.
O SIESI promove segunda-feira a realização de plenários de trabalhadores em S. Miguel, na Terceira e no Faial para analisar a situação.
Lusa