Sócrates: «Aumentar impostos? Era só o que faltava!»

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O primeiro-ministro afasta completamente a hipótese de aumentar a carga fiscal sobre os portugueses, ou seja, de subir qualquer impostos, mesmo que venha a ser necessário um orçamento rectificativo.

 

Em entrevista ao «Jornal de Notícias», José Sócrates responde peremptoriamente quando questionado se admite um aumento de impostos num eventual orçamento rectificativo: «Não. Era só o que faltava! Numa altura em que país enfrenta uma crise destas, acha que proporia aumentar os impostos? Se pudesse, até desceria mais os impostos, para que as empresas pudessem ter melhores condições. Baixámos o que pudemos».

O primeiro-ministro diz mesmo que «o défice será reduzido com estabilizadores automáticos», pelo que «não é preciso pedir sacrifícios especiais a ninguém. Se a nossa economia começar a recuperar, aumentam as receitas fiscais».

 

Despesa e endividamento controlados

Sobre a eventualidade de um Orçamento Rectificativo, o chefe do Governo diz que isso só aconteceria se recebesse sinais alarmantes da despesa ou do endividamento. «A Assembleia da República dá autorização ao Governo para um limite de endividamento e para uma despesa. Ora não temos necessidade de a ultrapassar. A despesa está controlada. Aí, não há nenhum problema. E neste momento não temos qualquer indicação de ultrapassagem dos limites de endividamento. Se tivermos esses sinais, faremos um orçamento rectificativo», revela.

 

José Sócrates diz ainda que fazer um Orçamento Rectificativo só seria uma derrota política «se fosse feito em anos normais».

 

Pragmatismo e humildade contra a crise

Numa entrevista em que sublinha as medidas e reformas já implementadas pelo seu Executivo, o primeiro-ministro diz ser necessário «prgmatismo» para enfrentar esta crise. «Exige que não estejamos a aplicar qualquer receita conhecida, pela simples razão de que não há nenhum político no activo que tenha passado por uma situação destas. Temos de ser humildes, mas humilde não significa medo de tomar decisões, significa que sempre que tomemos uma medida, se não resultar avancemos com outra; tentemos de novo. É preciso ter a humildade de reconhecer que o nosso plano de há quatro meses não abarcava todas as áreas».

Sobre novos pacotes de medidas para combater a crise, o governante nega a sua necessidade para já, e diz que novas medidas só serão tomadas se se verificarem necessárias depois de terem sido aplicadas e avaliado o resultados das medidas já anunciadas.

Quanto às obras públicas, não desiste dos grandes projectos como o TGV e o novo aeroporto.

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